Num dia extremamente gelado, e pouco convidativo ao futebol, o Nespereira recebeu o líder do campeonato, o Carvalhais.
António Pereira fez alinhar a seguinte equipa: Jorge Ramalho; Pedro Cardoso ( Isaías), Márcio, Vilarinho, Nuno Cardoso; Quim ( Vítor Andrade), Sérgio Silva, Paulo Monteiro, Pepe (Paulo Sérgio); Carlitos, Thiago.
E assim, no momento em que o jogo começou, todo o público e os intervenientes do jogo, foram premiados com um início de uma enorme queda de saraiva, sob nossas cabeças, não perdoando, e levando os mais intrépidos espectadores a recorrerem às bancadas para se protegerem do rigor do tempo.
Entretanto, no jogo, após um período de estudo por ambas as partes, o primeiro grande remate partiu dos pés de Sérgio Silva, que fora da área rematou certeiro ao ângulo da baliza, permitindo ao guarda redes carvalhense a defesa da tarde para canto.Nesse período o Nespereira pressionou, e parecia mais decidido a vencer o jogo que o Carvalhais.
Com Pepe a servir de “maestro”, este pautou imenso o jogo ofensivo nespereirense, e com Carlitos a ganhar muitos ressaltos na defesa de Carvalhais, ao Nespereira faltou o que tem sempre faltado: sorte!
O Carvalhais foi melhorando o jogo, e ao mínimo espaço rematavam, tendo ainda dois remates perigosos: um numa defesa de Jorge Ramalho, que ainda largou a bola mas voltou a defender, outra num remate que passou ligeiramente ao lado da baliza de Jorge Ramalho!
Entretanto, o Carvalhais com mais frieza, num lance do lado esquerdo do seu ataque, cruza a bola e marca o 0-1, de forma injusta. O Nespereira não merecia estar a perder!
Após isto, o Nespereira voltou outra vez ao ataque, e logo de seguida, num lance em Carlitos ganha uma bola no meio da defesa do Carvalhais, quando vai rematar, permite ao guarda redes mais uma boa defesa.
De repente, os jogadores de Carvalhais, de forma cínica, atiravam-se para o chão e berravam em altos sons, conseguindo tirar aos jogadores de Nespereira, alguns cartões amarelos desnecessários.E é de um livre, arrancado assim, que o Nespereira sofre o 0-2. A bola é bombeada para a zona de ataque, e o Carvalhais de forma mortífera, não perdoa e marca o 0-2.
O Nespereira bem tentou reagir, mas até ao intervalo, nada conseguiu fazer, senão defender o ataque carvalhense.
Após o intervalo, António Pereira mete Vítor Andrade, no lugar de Quim. Volta o Nespereira com mais posse de bola, e numa jogada excelente conduzida entre Pepe, Thiago e Paulo Monteiro, este de primeira, remata alto, fazendo um chapéu ao guarda redes do Carvalhais, que, apesar de ser um belíssimo golo de Paulo Monteiro, não isenta o guarda redes carvalhense de alguma culpa, no golo sofrido. Era o 1-2.
O Nespereira, atacou e atacou, começando a sufocar de forma incrível o Carvalhais. A equipa visitante, não conseguia atacar em condições, com o Nespereira a ocupar muito melhor os espaços do meio campo.Entretanto, começou-se a ouvir um certo burburinho do outro lado, enquanto Paulo Sérgio substituía Pepe.
Do lado do Olival, apercebeu-se de dois espectadores que da discussão, passou-se a vias de facto, numa acesa discussão. O seu filho, interviu prontamente, evitando aumentar a gravidade da situação, enquanto mais um espectador nespereirense, na intenção de separar e acalmar os ânimos, foi arrastando o senhor visitante, que berrava muito alto, para longe do senhor que serviu de rastilho para a situação.
Entretanto, o jogador do Carvalhais, que se encontrava no banco e pronto a substituir algum jogador dos visitantes, de seu nome Jorge Rafael Cruz Lopes, com o número 17 na dorsal, agrediu o espectador nespereirense que tentava separar a situação, levando uma guarda chuvada prontamente, da parte do sobrinho do espectador.
A partir daqui, a situação descambou completamente, com os próprios jogadores em campo a intervirem a fim de acalmar os ânimos, que se encontravam deveras exaltados.Após uns minutos de exaltamento, e do amontoamento de gente encontrada da parte de dentro e de fora do campo, no espaço entre os bancos, tudo se sanou, continuando o jogo.
Mas a situação realmente afectou a concentração dos jogadores de ambas as partes, apesar do Nespereira, nitidamente atacar ferozmente, mas não conseguindo ser eficaz no último terço do campo de jogo.
Já o Carvalhais optou pela velocidade dos seus avançados- e diga-se, também optou pelo teatro exagerado!, quase conseguindo num desentendimento de Jorge Ramalho e Nuno Cardoso, aproveitar para marcar o terceiro golo.
Pouco depois, o árbitro José Gomes deu o apito final, com a vitória do Carvalhais, que apenas foi mais eficaz, mas não mostrou muito futebol.
O Nespereira (7º lugar) não ganha um jogo em casa desde 9 de Novembro de 2008, quando ganhou ao Vilamaiorense, apresentando a pior defesa do campeonato, com 23 golos.A nível estatístico, o Nespereira tem 10 golos marcados em casa, e metade marcados fora(5 golos).É também a equipa que mais golos sofre em casa (12 golos), e a quarta que mais sofre fora (11 golos). O Nespereira é junto com o Vilamaiorense, a equipa que está há mais tempo sem ganhar (4 jogos consecutivos). Tendo sido uma das equipas que sofreu a maior goleada em casa, com o Alvite (3-1), mas também impôs-la perante o Oliveira do Douro.
A FIGURA- Paulo Monteiro
Foi um maestro muito calmo para o Nespereira, causou muita dor de cabeça à equipa de Carvalhais, e marcou um golo fantástico à equipa visitante. De muita cabeça fria, após a pequena confusão que afectou o jogo, foi o único que conseguiu construir algumas jogadas, assim como Paulo Sérgio.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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