quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

DERBY CONCELHIO PROMETE...

Nespereira não pode perder!

Esta semana, o Nespereira irá receber o Boassas, no Olival, a fim de amealhar 3 pontos, para lutar pelos lugares cimeiros. Enquanto o Oliveira receberá um Leomil moralizado pelo empate com o Parada, e o Fornelos visitará a “Juventus” do nosso Campeonato– o Parada!
Já os Júniores terão pela frente o Arguedeira de Tarouca.
Esta semana, o Nespereira, Sernancelhe e Fornelos foram as equipas que aproveitaram para ganhar terreno aos primeiros, devido às derrotas do S.J. Pesqueira e Oliveira, e aos empates do Ferreira Aves e Parada. Agora são 12 pontos que separam o Nespereira do 1.º lugar, e 10 do 2.º lugar.

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte


Sp. Armamar 0-3 Nespereira F.C.
O “MICOLLI” DA EQUIPA JOGOU, MARCOU E SAIU!

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo Municipal da Praia Tempo: Sol
Arbitrado por: Rosa Almeida
SP. ARMAMAR– Joel Matos; Lareiro, Afonso, Rui Borges, Batista; João Oliveira, Taninho, Rui Miguel, Nunes; Jojó, Bruno Morais.
Treinador: Afonso Pinto
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Fábio, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio( Paulo Sérgio, aos 76’); Carlitos( Vítor Hugo, aos 42’), Hélder, Paulo Monteiro, Sérgio Silva; Pepe , Jorginho( André, aos 37’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 0-2.

Após uma viagem longa, onde fomos parar na Régua, voltamos para trás, a fim de podermos almoçar como o previsto em Armamar.
Após o almoço, dirigimo– nos ao Campo Municipal, onde o Nespereira já não punha os pés, há 3 anos.
O jogo começou com o minuto de silêncio devido à morte de um director da FPF. Após isto, o Nespereira entrou tão bem, que num grande lançamento, Carlitos ganha a bola no segundo poste, ainda remata contra o guarda redes, a bola sobra para ele e simplesmente, marcou o primeiro do encontro. O Armamar demonstrou sofrer de um grave problema de estrabismo, ou miopia… pois os seus jogadores não conseguiam acertar na bola, sendo sempre nas canelas adversárias. Isto acabou nos valendo dois lesionados– Carlitos e Jorginho. Mas, o nosso “Micolli” , mesmo antes de sair, ainda teve tempo para responder a um cruzamento, e num bonito voo de cabeça, marcar o 0-2.
Após o intervalo, o jogo endureceu, e chegou a roçar o cómico, devido às constantes “caneladas”… utilizando a filosofia “bota abaixo!”.
No minuto 58’, Vítor Hugo remata de fora da área, a bola bate na barra e no poste, sobrando para André, que marca o seu primeiro golo como jogador do Nespereira.
Todos os jogadores do Nespereira experimentaram a fúria dos jogadores do Armamar– até mesmo Hugo Maciel, que teria uma tarde tranquila, não fosse as constantes entradas sobre ele.
No final tudo calmo… e um resultado justo, embora conseguido com muita dureza.
Realce para a convocatória do júnior Carlos Miguel.

A FIGURA
CARLITOS

Ainda está a 60 % do real valor, mas sempre é melhor do que estar a 20 %, como em Sernancelhe. Foi figura fulcral no ataque nespereirense, parecendo querer voltar ao seu poderio antigo: os golos! Agora vamos ver se o nosso “Micolli” veio para passear, ou se desta é para ficar!

O ÁRBITRO
A melhor figura do encontro! Mesmo que não quisesse, seria sempre uma das figuras centrais. Tecnicamente, esteve bem, embora disciplinarmente, tenha estado mal, permitindo ao Armamar, jogar à kickboxing, lesionando alguns dos nossos jogadores.
Muito agradecido está o BOLA DO ARDENA, por nos ter permitido circular livremente pelo campo, para podermos ter fotografias mais facilmente.

NOTA DE REDACÇÃO
O Bola do Ardena vem por este meio, agradecer publicamente, a completa disponibilidade do senhor Jorge Peres, que num momento de “aflição”, devido à falta de pilhas para a máquina fotográfica, e prontificou– se a deslocar– se ao estabelecimento comercial mais próximo, afim de requisitar novas pilhas.
Ao senhor Jorge Peres, o nosso muito obrigado!

LEOMIL SABE RECEBER...

A BOLA DO ARDENA, assim como a Direcção do Nespereira F.C., congratula– se de poder elogiar, a maneira como foi recebido em Leomil, por todos os dirigentes, e adeptos, de maneira educada e muito simpática.
O “fair play” demonstrado pelas pessoas de Leomil é de tal forma fantástica, que não se conseguiu vislumbrar um momento de tensão em qualquer parte do jogo. Já, aquando da visita dos séniores à Leomil, também ficou marcado a boa hospitalidade leomilcense.
Parabéns Leomil, e esperamos poder ser tão hospitaleiros quanto à vocês.

ABERTO PROCESSO DISCIPLINAR AO NESPEREIRA.

Foi notificado o Nespereira F.C., relativamente ao jogo do Campeonato Distrital de Júniores, Nespereira– Cinfães, da abertura do processo disciplinar, devido à ausência da GNR no Campo do Olival para a realização do jogo. Segundo fontes, o Nespereira não terá sido a única equipa a passar por tal, tendo o G.D.Resende, também, um processo disciplinar na AF Viseu. Aguardam– se notícias relativamente ao assunto.

Campeonato Distrital de Júniores


Leomil 3-0 Nespereira F.C.
SANTA INOCÊNCIA!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo Adriano Ferreira Tempo: Nublado
Arbitrado por: Nuno Almeida
LEOMIL– Tó Mané; Prazeres,Pina, Melita, Fábio Pais; Rebelo, Paiva, Márcio, Ivan; Fábio Bento, Pedro Alves.
Treinador: Alexandre Henrique
NESPEREIRA F.C..– João Flávio; João Ramalho, Daniel, Itália, Tiago Duarte; Nuno Rocha, Carlos Miguel, André( Tiago Mendes, ao int.), Dudu; Zé( Miguel, ao int.), Jorge Fernando( Fonseca, aos 66’).
Treinador: Nuno Cardoso e Sérgio Silva
Ao int: 2-0

O Nespereira contou com imensas baixas, apresentando– se em Leomil com apenas 14 jogadores. O Nespereira jogava razoavelmente, mas o ataque não funcionava… até que, numa falha de Daniel, no meio campo– não conseguiu interceptar uma bola.– este deixou fugir o avançado leomilcense, para quem Itália “não teve pernas”, e bateu João Flávio num remate muito colocado ao poste da baliza. O meio campo trabalhava, mas não se conseguia vislumbrar um remate. Até que, num lance, o extremo do Leomil foge à Itália, que ficou sentado no chão, centra a bola e o ponta de lança cabeceia isolado dentro da grande área. A euforia do Leomil era tanta, que deslocaram– se a festejar em direcção aos bancos, mas… nem repararam que o árbitro assistente tinha assinalado fora de jogo do ponta de lança do Leomil. A nossa inocência é tanta a jogar futebol, que a falta foi batida rapidamente, mas para o lado em que mais se encontravam jogadores do Leomil, que não tiveram dificuldades em tirar a bola aos nossos jogadores, e do meio campo, com um chapéu, sofremos o segundo golo. Fomos para o intervalo a perder, mas entramos na parte seguinte a sofrer o terceiro golo, numa sucessão de ressaltos ganhos pelos jogadores do Leomil.
A partir daí, o jogo tornou– se monótono , mas com a entrada de Miguel e Fonseca a servirem para dar algum ímpeto ofensivo à equipa nespereirense.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Ernesto Soares


“Fiz um grande jogo, devido à porrada que levei do meu irmão!”

BA– Boa tarde, senhor Ernesto… Como o senhor começou a ter vício pelo futebol?
ES– Ora bem… eu era puto, em criança, e ia guardar as ovelhas e roçar mato perto do campo da bola, e levávamos umas bolas de pano… éramos na altura, eu, meu primo Adriano, o Luís, o Adelino, vários rapazes da Vista Alegre.
BA– E como se introduziu no Nespereira?
ES– Comecei a ganhar vício, e ia jogar com os jogadores já credenciados, caso do Manuel do Ferrador, João do Cândido, o Abel e o Olegário; esses que iam jogar. Então eu ia aos treinos, e treinava com eles. Aí eu fiz 14 anos– e porque eu antes não tinha corpo para jogar, senão tinha começado a jogar ainda mais cedo– comecei a jogar no Nespereira F.C., a nível particular. E aí também estava introduzido o Alfredo Galhardo e o Isidro Semblano, meu cunhado. E nós os três começamos a jogar futebol com 14 anos.
Há quem diga que nós éramos os três craques da região. E depois de começarmos a jogar, nunca mais deixamos de jogar pelo Nespereira, até um determinado tempo. Por exemplo, eu fui mais tarde, quando completei 18 anos, conjuntamente com o Isidro e com o Galhardo, receber uns responsáveis do Paivense, para nos levar aos treinos… e então ficamos lá os três. Mas como o meu lugar era o mais difícil para se arranjar jogadores. Não existiam muitos jogadores para a extrema esquerda, acabei sendo o único que lá fiquei.
O Galhardo, por motivos de estudo– pois ele estudava na altura– não pode lá ficar.
BA– Que recordações guarda daquela época?
ES– Guardo imensas recordações! Mas tem uma… que eu até peço desculpa ao meu irmão Abel, mas vou contar.
Quando eu tinha os meus 16 anos, o Vila Viçosa veio jogar com o Nespereira ao Campo da Portelinha. E o Vila Viçosa tinha um director que era chamado José da Aurora, e faltava umas chuteiras, a um dos jogadores– talvez o filho, o Isidro– e pediu as chuteiras em casa do meu pai, e eu disse assim: “então vocês vem jogar sem chuteiras? O Nespereira não tem chuteiras para emprestar, não tem nada que pedir as chuteiras emprestadas!” Nisso, ele ficou calado! Ora fomos para cima, equipamo– nos lá no meio do monte, atrás de umas árvores, tanto eles, como nós.
E depois, esse sr. José da Aurora, como era amigo da família, exclusivamente do meu pai, Américo Soares, dirigiu– se ao meu irmão e disse: “ Ó sr. Abel, olhe que o seu irmão deu– me uma ripostada tão feia em casa de seu pai… disse– nos que devíamos ter trazido equipamento, que não tinha nada que emprestar chuteiras. Isso ficou– me cá dentro!” Ora o meu irmão ouviu aquilo, veio ter comigo e perguntou– me: “ Porque disseste aquilo ao sr. José da Aurora?” E eu respondi– lhe: “ O que eu disse está dito! Eu sempre fui um individuo directo… eu acho que quando um clube vem jogar futebol, deve vir preparado”,
Ora, o meu irmão Abel, um bocado nervoso, pegou por mim numa mão, e deu– me pontapés no rabo à volta do campo, até me por cá fora. Foi uma coça muito grande! Eu ainda era um bocado pequeno e o meu irmão já era casado, e na altura, fez aquilo que me devia fazer, e como o senhor era bastante amigo da família…Depois fomos jogar, eu
om 16 anos, ganhamos 8-0. Ora dizem os que viram, e os de Vila Viçosa, que eu fui o melhor jogador em campo, e marquei 4 golos, e isso nunca mais me sai da memória. Foi um grande jogo que eu fiz, talvez pela porrada que levei do meu irmão Abel.(risos)
BA– Qual o jogo que o marcou mais em toda a sua vida?
ES– Ora bem… falando no Nespereira, todos os jogos me marcaram, porque eu sempre fui amigo do Nespereira. Actualmente, não vou ver os jogos, por motivos pessoais, mas pergunto sempre, no final de cada jogo o resultado.
Mas o jogo que mais me marcou, que eu fiz como jogador, foi pelo Paivense contra o Feirense, que ganhamos 3-2.Fiz um jogo de categoria! Vim até nos jornais!Fui nomeado o Melhor jogador em campo, naquele jogo. Ganhamos 3-2, eu era extremo esquerdo, e o
Monteiro de Moimenta era interior. O Monteiro marcou o golo do empate (2-2), e eu marquei o golo da vitória! Foi esse o jogo que mais me marcou, como jogador de futebol.
BA– Qual o jogador que marcou a sua era, e vai marcar o Nespereira?
ES– Os jogadores que me ficaram na memória, e que ainda hoje não reconhecem– talvez porque haja outra táctica!- para mim, foram o Tonito Soares, o Galhardo e o Isidro.
BA– Actualmente, daquilo que conhece do Nespereira, que perspectivas tem para o Nespereira?
ES– Como disse há bocado, nas minhas palavras, não costumo ir ver os jogos, mas costumo ir ver os treinos. Tem lá rapazes jeitosos. mas tem um rapaz que eu admiro muito a jogar: é muito rápido e tem alguma técnica, que é um rapaz chamado Márcio. Esse jogador para mim, se fosse bem puxado e bem treinado por um treinador com mais sabedoria– não é que o Mouta Pinto não seja um rapaz valioso para treinar o Nespereira, mas de certeza há melhores treinadores! Mas para mim, esse jogador é bastante bom. Tem raça! E tem talvez lugar, num clube maior.
Quanto aos outros, tem lá bons jogadores, jogadores jeitosos, mas nada fora do normal… eu falo assim, porque, talvez no meu tempo, existissem jogadores de melhor categoria, eles actualmente não tem aquela fibra de ganhar jogos!
BA– Pensou alguma vez ligar– se ao Nespereira?
ES– Todas as vezes que há Direcções a formar, eu admiro esses “carolas” todos, e vai daqui uma palavra de apreço para a coragem deles e que Deus lhes ajude, sempre que tomem conta do Nespereira, porque são os “carolas”, não os “tubarões”- esses que tem dinheiro!- que fazem alguma coisa pela terra, porque os “tubarões” não fazem nada pela terra. E volto a dizer, que vai uma grande palavra de apreço para os “carolas”, e que continuem, porque todos os que passaram pelo Nespereira, foram sempre bons, porque senão o Nespereira já estava no charco, porque os “tubarões” não querem nada com o Clube.
Já fiz parte do Clube durante quatro anos, eu era tesoureiro mais o senhor Adão Peres, onde fizemos um Campeonato muito bom, e se não me engano, já andávamos na 3.ª Divisão Distrital. Eu lembro– me de ter que por dinheiro do meu bolso, mas que doei de bom grado. Algumas vezes as pessoas vem ter comigo para fazer parte da Direcção, só que não posso: não tenho nem vagar, e o Nespereira seria uma coisa que me afectaria muito o meu tempo.
BA– Não acha que como figura mítica do clube, motivaria a sua presença em alguns jogos?
ES– Sou muito nervoso (risos).

Para a semana: António Mendes

FALTOU A GUARDA!

Nespereira– Cinfães
Num derby concelhio, e de grande tradição que é um “Nes-Cin”, encontravam– se todas as equipas perfiladas para entrarem em campo, até entrarem as equipas do Nespereira e do Cinfães, e ficar para trás a equipa de arbitragem. Logo de seguida, percebeu– se o porquê! O árbitro, não podia arbitrar o jogo sem a presença da Guarda. Esperaram– se os trinta minutos exigidos pelo Regulamento, mas ninguém apareceu, para tristeza do muito público que se encontrava no Olival.
O jogo vai ser realizado em data posterior a definir pela AF Viseu.

EDITORIAL

PORTUGAL ESCOLHEU O “SIM”, MAS NESPEREIRA MANTEVE– SE FIEL AO “NÃO”!

Ontem, Nespereira viveu mais um domingo movimentado, principalmente à beira da Escola da Feira– onde se encontravam as urnas de voto para o Referendo sobre o Aborto. Apesar do grande índice de abstenção, muito habitual em situações de referendo, mesmo os poucos, optaram por exercer o seu direito de voto. Eu mesmo, apesar do tempo cinzento e chuvoso, que nos sugeria o sofá da sala, a assistir um filme do Jackie Chan; fui votar.
Mas vou ser sincero. Fui votar, após as extensas três semanas que passei a ler sobre artigos da Constituição, de Abortos, da Irlanda, da Holanda, das hipóteses sobre ambos os cenários de vitória, testemunhos, etc. e chegando na urna, mesmo assim, tremi…
Se eu votasse “sim”, por um lado estaria a ajudar a diminuir a taxa de abortos clandestinos, e a legalização dos abortos em entidades oficiais. Até aqui, tudo bem! Mas, será que daqui a quinze anos, não estaremos a ver as nossas filhas, encararem o Aborto, como um método contraceptivo, e porem em risco a sua fertilidade, quando mais as suas próprias vidas. Alguém já terá pensado, que se este referendo fosse feito, no tempo dos nossos pais, e se o “sim” ganhasse, poderíamos não ter connosco, a presença de um nosso melhor amigo, amiga, ou mesmo da nossa pessoa? Ninguém pensou nisso! E nem falamos no feto… a discussão que é “chover no molhado” de: “que às dez semanas de gestação o feto já apresenta sentimentos como a dor!” Pois, é um argumento que nem de um lado, nem do outro se consegue provar.
Quanto ao “não”, eu penso que ao votar por esse lado, estaríamos a defender a vida humana de um pequeno nascituro indefeso (partindo do principio de que, às 20 semanas de gestação já sente dor!), e economicamente, poderíamos evitar a mega invasão que se avizinha, de alguns “mercenários” espanhois , prontos para montarem clínicas em Portugal, inflacionando os preços das IVG’s (Interrupção Voluntária da Gravidez), e “obrigando– nos” a contribuirmos com os nossos impostos para a criação dessas clínicas.
Mas, por outro lado, ao votar “não”, estaremos a ser conservadores e adeptos da mentalidade contra– evolução, recusando a necessidade humana dessa mesma evolução.
Após um longo suspiro, e uma rápida reflexão, lá fiz a cruz onde a minha consciência mandou.
No final de tudo, já em casa, perto das 20 horas, recebi a noticia de que o “não” teria ganho em Nespereira, apesar de na TV, o “sim” ganhar com 59%.
Nespereira foi uma das muitas freguesias do Norte do Mondego, que elegeram maioritariamente o “não”. Os distritos de Aveiro, Viseu, Vila Real, Guarda, Bragança, Braga e Viana do Castelo, foram adeptos do “não”. Sendo a partir do Mondego para baixo, tudo “sim”.
As ilhas foram também adeptas do “não”.
Agora, meus amigos, a partir de hoje, começa uma nova maneira de encarar a vida. E vejamos a evolução dos acontecimentos. Tomara que daqui a alguns anos, as clínicas de aborto não sejam encaradas pelas jovens como clínicas de estética. Que o facto de este referendo ter corrido bem, não querer dizer que teremos brevemente um referendo sobre a eutanásia, e outro sobre os casamentos homossexuais, como citou o antigo ministro da Educação, Roberto Carneiro.
No fundo, no fundo, acho que estamos a tentar “imitar” Espanha– só que vamos ligeiramente atrasados.
Desejo que, consigamos, através do resultado deste referendo, criar uma sociedade responsável e coerente. E que, determinadas mulheres, não se escondam, nem se aproveitem da vitória do “sim” para afundar a nossa sociedade portuguesa. Senão, um dia terei de escrever: “ O Referendo deu o seu próprio fruto: Um Aborto de sociedade!”