terça-feira, 27 de março de 2007

Cristiana Teixeira




“Éramos uma boa equipa, mas faltava– nos muitos apoios.”



BA– Como é que começou a gostar de futebol?
CT– Como qualquer miúdo, sempre gostei de futebol… jogava!
BA– Como te ligaste ao Nespereira Futebol Clube?
CT– Surgiu a oportunidade, quando criaram o futebol feminino, e como não havia mais nenhum clube perto, e eu não estava ligada a nenhum clube, e eu só jogava na escola– surgiu a oportunidade, e eu vim para o Nespereira.
BA– Qual o primeiro jogo que fez pelo Nespereira?
CT– A sério pelo Nespereira? Não me lembro… sei que foi em Cinfães, para o Campeonato de Futsal...acho eram Os Cabanitos [de Carregal do Sal]. Sei que ganhamos!
BA– Que recordações guarda do futebol em Nespereira?
CT– Foram bons momentos!!! Criei grandes amigas, além de que jogávamos todas bem… Éramos muito boa equipa! Foram boas recordações! Mas também faltava– nos muitos apoios, que já eram poucos!
BA– Tens alguma situação assim que te deixe recordação?
CT– (risos) Para mim, a que ficou para a História, foi quando fomos jogar a São Pedro do Sul, em que houveram aquelas polémicas todas, e que ficou marcado… pela negativa, claro!
BA– Podes especificar melhor?
CT– Aconteceu tanta coisa naquele dia!!! Houve pancada na bancada… mas vou começar do inicio!
Nós estávamos a jogar bem, depois houve uma grande confusão que veio do público… depois quando demos conta estávamos– as jogadoras– a olharem uns para os outros, a implicarem umas com as outras… fomos ameaçados pelo público, etc...
BA– Quais as jogadoras que melhor te recordas e que guardas carinho por elas?
CT– Eu dava– me bem com todas as jogadoras! Claro que as que continuam aqui em Nespereira, continuo a ter uma relação muito próxima com elas. Mas tenho algumas referencias, como a Bete, por exemplo. Que agora já é mãe. E era uma excelente guarda– redes! A João, a “Keke” (Ana Maria), a Isaura…. Continuo a falar muito com ela! A Teresa, estas são pessoas que continuo a me dar muito bem com elas!
BA– Pela positiva qual o jogo que melhor recordas?
CT– Gostei muito de jogar contra S.P.do Sul [U. Estação] cá… apesar de termos perdido o jogo! Era a equipa mais equilibrada… dava mais “pica” jogar! A que dava mais gozo! Porque as outras… nem por isso! Tínhamos a de Viseu, que também era uma boa equipa! Mas acabavamos por golear, e não dava “pica” jogar
BA– Ainda jogas futebol, actualmente?
CT– Estou inscrita no Marco, mas não tenho tempo para jogar.
BA– Foste chamada à selecção?
CT– Cheguei a ser chamada pela selecção de Viseu, cheguei a fazer dois ou três estágios com a selecção nacional, mas nada assim muito sério! Porque jogar pela selecção nacional, nunca cheguei a jogar!
BA– O que achas do Futebol sénior do Nespereira?
CT– Não acompanho muitas vezes, porque acho que as entradas deviam ser de graça para as mulheres!(risos) Gosto imenso de ver o Nuno Cardoso, o Sérgio Silva, o Hélder, que para mim, são pessoas que sabem jogar futebol. Todos tem as suas qualidades!

Alves Pinto



“A opção Borralhal, condicionou irremediavelmente as pretensões do Nespereira.”



BA– Continuando a série de entrevistas a conterrâneos ou outros que duma ou outra maneira estiveram ligados ao NFC, chegamos à fala com Alves Pinto. Daí a costumada pergunta: diga– nos o que sabe a respeito do Nespereira Futebol Clube?
AP– Andava na escola, quando na Portelinha os nespereirenses despertavam para as andanças futebolísticas. A principio, empenhados em dificultar a vida ao então poderoso conjunto de Alvarenga, outras vezes ganhando e perdendo nos confrontos com os vizinhos de Vila Viçosa. A verdade é que, na altura toda a juventude convergia para o campo da Portelinha, onde a carolice do dedicado Olímpio da Costa, há muito falecido, limava as naturais dificuldades de quantos apenas sabiam que a bola era redonda e dos jogos do Porto, Benfica, Sporting, e outros, apenas tinham conhecimento pelo rádio, que de televisões nem os americanos falavam.
Todavia, já antes participara nos acalorados Feira contra Vista Alegre ou nos embates que estes dois lugares agrupados, mantinham com o aguerrido conjunto de Paradela, que na altura alinhava com as camisolas alindadas com a palavra “Sporting” extraída dos maços de cigarros que então eram comercializados.
BA– Mas chegou a jogar na equipa principal?
AP– Efectivamente, a partir dos 17 anos cheguei a fazer alguns jogos no grupo principal, umas vezes na frente, outras na defesa (lado esquerdo) como por exemplo aconteceu em Arouca, com o Correia à baliza, o Abel a central, o Salazar na esquerda do ataque, num jogo onde tudo nos saiu bem.
BA– Chegou a marcar algum destaque no nosso grupo de futebol?
AP– Sim e de que maneira!!! (risos) Por exemplo, numa deslocação à Castelo de Paiva, toda a equipa se amontoava nos bancos do Dodge que o sr. Armando Teixeira conduzia, sendo que, comigo, viajava a dúvida se o Correia ou o Abel, não me lembro bem, optariam por mim ou faziam alinhar o citado motorista… já com cinquenta e muitos anos.
Mais a sério, lembro– me de alinhar duas ou três temporadas, destacando uma deslocação que fizemos a Santa Cruz da Trapa, que aliás, ficaria celebre no historial do Nespereira Futebol Clube. Isto, porque o Abel e o Salazar, suponho, optaram por pagar ao Figueiras, deixando ao Mendes a alternativa de tomar conta de um subsidio, de toda a fortuna a que nos anais da terra todos tempor um “não te aflijas”, qual Constantino que veio para perdurar.
BA– Soubemos há pouco que na altura, contestou a opção do Borralhal (ou Olival) em detrimento do antigo “Correia dos Santos”. É verdade?
AP– Efectivamente. Na altura, tinha a convicção que defendi publicamente de que, na Portelinha, podia o Clube (e a freguesia) ambicionar a outros voos, sendo que já nessa época, podia o clube estender– se consoante as posses e os possíveis subsídios Para mais, agora que por lá passa uma boa via de comunicação, e o local dispunha de “pano para mangas” em todos os aspectos. A opção Borralhal condicionou irremediavelmente outras pretensões, razão por que, agora o melhor dos objectivos é, ano após ano, contar com a carolice dos do costume, dignos continuadores de quem um dia pensou um clube de pontapé na bola para Nespereira. Chamava– se Olímpio da Costa.

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte



Nespereira F.C. 4-0 Leomil
MÁGICO“AQUECE” PÉ PARA FORNELOS!

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J. Isidro N.A. Semblano Tempo: Sol
Arbitrado por: Cláudio Cardoso
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( Bruno Daniel, aos 78’) , Paulo Monteiro, Hélder, Paulo Sérgio ( Diogo, aos 88’), Carlitos( Ricardo Pereira, aos 85’).
Treinador: Mouta Pinto
LEOMIL– Daniel Santos; Marques, Telmo, Soares, David; Ângelo, Oliva, Hélder Aguiar; Paiva, Pinto, Luís Santos.
Treinador: Alexandre Henrique
Ao int: 3-0.

O Nespereira não podia fazer melhor!!! E que tarde de inspiração teve Pepe…
O jogo iniciou– se com um golo madrugador de Pepe, um cruzamento na direita, à meia altura de Paulo Monteiro, e Pepe marca o primeiro golo. O Leomil não conseguia apresentar argumentos e deixou– se dominar pelo Nespereira, facilmente.
Então, minutos depois, o Nespereira marcou o segundo golo, numa bela jogada individual de Carlitos, que ganhou a linha na esquerda, vai até a linha de fundo e cruza para Pepe marcar o 2-0. O Nespereira dominava completamente, mas ainda não estava satisfeito. Trocava a bola no meio adversário à seu bel prazer, e numa dessas trocas de bola, o Nespereira marca o 3-0. Paulo Sérgio ganha uma bola na linha direita, flete para o meio e com class, faz um passe magnifico à que Pepe corresponde, antecipando– se ao guarda redes e fazendo o seu hat– trick. Ao intervalo, o resultado era de 3-0.
Após o intervalo, o Nespereira voltou com fome de golos, mas não os conseguia concretizar. Mas de repente, passou– se algo de desesperante no Olival. Enquanto o jogo se passava do outro lado do campo, o guarda redes do Leomil cai inanimado em terra, causando todo o aparato no Campo. Os Bombeiros rapidamente apareceram e socorreram o jovem, que se deslocou a Cinfães, ao Centro de Saúde. Mas, após isto, voltamos ao futebol, e Pepe, com muita classe marca o 4-0, numa excelente chapelada ao guarda redes leomilcense.

A FIGURA
PEPE

É inevitavel !!! 4 golos! Uma excelente exibição, no cumprimento das suas funções! Em todos os golos demonstrou um poder de finalização muito bom, esperando que este jogo tenha sido apenas o aquecimento para o próximo… demonstrou que o Nespereira, no último domingo, era Pepe mais dez! Referência ainda para Paulo Sérgio e sua boa exibição.

O ÁRBITRO
Grande exibição do árbitro! Teve a sorte de os jogadores ajudarem também à sua exibição! Não houve polémicas e esteve a roçar o perfeito…

segunda-feira, 26 de março de 2007

EDITORIAL


INVASÃO NESPEREIRENSE
Após esta última jornada, Nespereira vê– se com largas hipóteses de terminar o Campeonato no 3º lugar… basta vencermos– e termos um pouco de sorte nos resultados dos nossos adversários directos!!! E creio que venceremos todos os que se atravessarem ao nosso caminho!
Tenho plena confiança nos jogadores e na sua vontade!
Daqui a três semanas teremos um “derby” sempre escaldante: Fornelos– Nespereira.
O Nespereira desloca– se à Fornelos, com apenas 3 pontos de avanço do seu adversário directo. Após as tristes cenas protagonizadas pelos elementos do Ac. Fornelos, em Nespereira. O Nespereira apresentará– se no Campo do Cruzeiro, com todo o civismo, educação, e respeito pelo adversário. E com um único objectivo: jogar futebol– e sublinho, jogar futebol dentro das quatro linhas!!! Pois é em campo que se joga futebol, sem haver necessidade de jogar em bastidores! Vencer o jogo, e trazer os 3 pontos para Nespereira!!! Essa será a postura do Nespereira em Fornelos, contra o Parada, e em Oliveira do Douro.
Mas mais ainda, A BOLA DO ARDENA vem deste modo incutir aos nossos adeptos, a necessidade de apoiarmos aqueles 18 heróis que se debaterão dentro de dias, numa ponta final escaldante!!! Vamos todos apoiar o Nespereira, acompanhar o Nespereira, “invadir”- no bom sentido!- Fomos rnelos e Oliveira do Douro. E vamos mostrar às outras equipas que o verdadeiro apoio vem de pessoas fantásticas que acompanham o seu clube: o Nespereira!!!
Vamos organizar– nos e mostrar o poder que não só o nosso clube tem, mas também a nossa gente… Vamos apoiar os jogadores, que defendem as nossas cores, assim como defender a nossa terra.
Por isso, Nespereira… contamos convosco para nos seguir e nos apoiar!!!
Um abraço a todos,

O Editor

DISSERTAÇÃO SOBRE O PESADELO

Memórias de jogos
Hoje por: Nuno Cardoso


Esperando sempre em ganhar, todas as equipas e jogadores entram em campo com esse intuito. E foi com esse espírito que entramos em campo no jogo frente ao Alvite. O que acontece é que nem sempre as coisas nos correm bem, devido a vários factores. Ou são os jogadores que não se aplicam ao máximo; ou a falta de sorte; ou os árbitros; ou os adversários, etc. Há sempre condicionantes e nem mesmo o José Mourinho as consegue prever. E no Domingo passado aconteceu aquilo que todos menos esperavam: perder um jogo depois de estar a vencer por 2-0. Podíamos dizer que acontece a todos, e que foi um dia não, mas a verdade (isto na minha opinião) foi pensar que o jogo estava ganho mesmo antes de acabar, o que acabou por nos ser fatal! Os adeptos estavam impávidos e desiludidos, como qualquer nespereirense que se preze e com razão, alguns demonstraram o seu descontentamento perante a equipa e perante os jogadores, mas dando a sua critica positiva e não negativa. Eu compreendo os adeptos, os elementos da Direcção e os demais apoiantes da equipa. No entanto, (e não estou a defender os jogadores)penso que ninguém mais do que nós estamos em campo e envergamos esta camisola, queremos ganhar, e que somos os primeiros também a ficar tristes, revoltados, zangados, e a sentirmo– nos humilhados. Durante esta semana, todos os dias tenho pensado neste maldito jogo e nesta fraquíssima exibição, e garanto– vos que no que depender destes jogadores isto não vai mais acontecer, porque eu sei que todos eles estão com o orgulho ferido e com a moral em baixo, e por isso mesmo, por sermos filhos desta terra, e desta gente, eu acredito que não há pessoas melhores para darem a volta por cima do que os nespereirenses. Enquanto estou a escrever este texto, ainda não falei com o grupo, mas sei que estão mais unidos do que nunca e que no próximo jogo, viremos de Ceireiros com uma vitória para os nossos adeptos. Porque eles, pela forma como nos teem apoiado e4 incentivado merecem que este Nespereira lhes dê muitas alegrias, e esses são os meus votos e o dos jogadores convictos de que faremos o melhor por este clube.

Tonito Soares

“Os jogadores de fora têem mais amor a camisola que os da terra!”

BA– Como é que o senhor começou a jogar futebol?
TS– Com uma bola de pano… com uma bola de pano! É verdade! Jogava com os meus tios e os meus primos, e com a malta nova da Vista Alegre… que era um “viveiro” de jogadores! Não é tirar mérito aos outros lugares, mas a Vista Alegre era um verdadeiro viveiro.
BA– E naquela altura quem eram os jogadores?
TS– Diversos… eu agora, não me lembro! Mas lembro que íamos jogar futebol com os antigos… com o sr. João do Cândido, que foi quem me ensinou a jogar futebol, e a seguir foi o Prof. Salazar. Cheguei a jogar com o Zé do Gago, com o Quim do Leopoldo, com o meu falecido pai, mas eu ainda era criança… mas com os jogadores verdadeiros, cheguei a jogar com o meu tio Ernesto, com o meu tio Olegário, o meu tio Manuel, o meu tio Isidro– que chegou a jogar futebol, era defesa direito no Nespereira! O Américo, o meu primo Tonito, o meu primo Adriano, o Zé Luís e o Adelino… e tinha mais um ou dois, mas que nunca chegaram a jogar futebol, que era mesmo só para encher...
BA– Pode-se dizer que era uma família de jogadores!
TS– Era uma família de “Suzanas” praticamente… para não falar no meu tio Abel que era um grande central. Se eu me fosse a lembrar de toda a rapaziada nova que lá andava no meu tempo! É o caso do Sérgio, que está no Brasil, o Fernando do “Chico”… mas esse nunca foi assim grande jogador! E tínhamos um grande guarda redes, que era o Reinaldo! Agora a jogar oficial, comecei a jogar como defesa esquerdo, e foi o João do Cândido que me ensinou a marcar o jogador. E depois, com o tempo, foi o Prof. Salazar– grande homem! Foi um grande homem no Nespereira, um bom treinador e um bom condutor de homens… e muita coisa que sei no futebol, agradeço– lhe a ele, que foi ele que me ensinou. A mim, ao Américo… ao Armando, já não digo, porque o Armando tinha as escolas do Porto! Ensinou a jogar à bola o Simão de Vila Chã.
Os falecidos Alfredo e o Isidro, esses também foram grandes jogadores, mas esses não eram precisos ensinar– lhes.
O meu tios Ernesto, esse nasceu com a raça de jogar.
Se em 1985/86, tivéssemos as condições que o Nespereira tem actualmente, não havia equipa nenhuma que nos ganhasse!
BA– Então considera que o Nespereira não foi bem sucedido por falta de condições?
TS– Perfeitamente! Este Campo de futebol não é do teu tempo! Fomos nós que botamos o saibro… nós os jogadores! Nós é que acartamos o saibro da estrada para o campo de futebol… nós é que andamos a espalha– los nas sextas feiras… os nossos treinos eram aos domingos, na época que o Prof. Salazar tomou conta da equipa… os nossos treinos eram nos dias de jogos.
BA– Qual era a sua posição?
TS– A minha posição era defesa esquerdo, mas também joguei a defesa direito, a defesa central, mas a minha verdadeira posição era defesa esquerdo!
BA– Qual o jogador que mais o marcou?
TS– O jogador que mais me marcou no Nespereira, não foi porque ele foi como um pai ali dentro… sim, porque ali dentro aquilo era como se fosse uma família… para mim foi o Carlitos de Paradela, como homem e como jogador. Teve também um outro grande homem, que também nos ensinou a jogar futebol, que foi o Armando. Era um grande guarda redes! Quando ele dizia “É minha!”, era dele mesmo! Nós estávamos com semelhante descontracção na defesa, que podia aparecer um jogador isolado, que era difícil marcar um golo ao Armando.
Ele era “É minha!” e era dele, quando dizia “Sai!”, era para sair mesmo... Mandava muito na defesa! Ainda hoje é o dia, que não apareceu um guarda redes com o à vontade do Armando, para mandar na defesa! Ele era o condutor do jogo da defesa!
Agora, jogador que me marcou, como homem e como amigo, porque nós pagávamos 20 escudos para lavarem– nos as camisolas, por cada jogo que a gente fazia! Como homem marcou– me muito o Carlitos, mas como jogador foi o Alfredo. Joguei pouco tempo com ele, mas tinha muitos como o Américo, o meu tio Ernesto, o Adélio, o Isidro, tivemos aqui um jogador que ninguém lhe dava valor nenhum, mas que era um jogador terrível: o Felício– dono daquele café de Vila Chã-… tivemos muitos! Olha, um que infelizmente faleceu na Guiné, que era o António, irmão do Júlio Amaral, que era um rico lateral direito. Cheguei a jogar com o Ricardinho Teles, que era uma borga com ele! O Artur na geração mais nova, foi o jogador mais completo que o Nespereira teve. Mas tinha a escola de Paiva, o que não me admirava nada! O Artur já sabia jogar futebol, foi muito bom jogador!
BA– Qual o jogo que lhe marcou mais?
TS– O jogo que mais me marcou e mais pena me deu, foi um jogo em Macieira. Estávamos a ganhar por 3-2, faltava para aí 1 minuto para acabar, e há um lançamento de linha lateral contra nós. Foi até o Bateira que o lançou para dentro da nossa grande área, a bola bateu– me no peito e entrou para dentro da baliza, e empatamos 3-3. Foi o jogo que mais me marcou… pela negativa!
BA– Conte um pela positiva!
TS– O jogo que mais alegria me deu, foi quando jogamos contra o ASA, e vencemos, tanto em Alvarenga, como aqui, para o INATEL– não é que eu tenha nada contra o ASA.– aqui ganhamos 3-2, em Alvarenga ganhamos 3-1.
BA– Ouvi dizer que naquela altura existia uma rivalidade muito grande!
TS– Não era rivalidade só com o ASA! Todos os locais onde o Nespereira fosse jogar, era uma rivalidade muito grande. Nós fomos, uma vez jogar a Alvarenga, e estes para nos ganhar foram buscar jogadores como o Bené, do Leixões; o Gentil; o Gomes; e o guarda redes, o Fonseca! Para jogar contra os pobres do Nespereira! E ganharam– nos 2-1, com uma roubalheira terrível, e até o sol já se tinha posto. Trouxeram metade da equipa do Leixões, só para nos ganhar!
BA– Tem alguma situação engraçada que se recorde?
TS– Era em quase todos os jogos! Ao fim dos jogos, havia muito bairrismo! Íamos para Vila Chã, para a adega dos lavradores, comer e beber! A gente acabava os jogos, íamos todos para o Café Central, e tinha lá garrafas de whisky, vinho do Porto e Champagne, com os números das camisolas de quem era o melhor jogador… estava numa estante! Essas garrafas estiveram muito tempo na sede, e mais de metade eram minhas! E salpicões… onde é o café do meu primo Álvaro, na altura era uma tasca, levaram para lá presunto e salpicão, e foi uma borga terrível! Até o senhor Júlio Teixeira andava nessa borga!
Uma altura fomos jogar a Arouca, ganhamos ao Arouca… e depois chegou ali ao Nicho e deitou meia dúzia de foguetes. Havia bairrismo! Jogava– se com amor à camisola, coisa que actualmente não se vê! Jogam mais com amor à camisola, os de fora do que os da própria terra. Tenho muita pena de dizer isto, mas é verdade! Tem aqui muitos bons jogadores, mas haviam de saber descansar mais para jogar futebol.
BA– Acompanha actualmente o Nespereira?
TS– Acompanho… e o Nespereira tem uma boa equipa, só é pena os jogadores não se esforçarem mais, porque com esta equipa tínhamos condições para subir! Tanto a nível de jogadores, como a nível de Direcção! Porque acho, que os jogadores, não lhes faltam nada… se nós ganhassemos na altura que jogavamos o que eles ganham agora, nós até comíamos a terra no campo. É pena, porque nunca conseguimos ganhar nada e ainda tínhamos que tirar as camisolas do corpo uns dos outros, de tão suadas que elas estavam.
BA– Para si quem é o melhor jogador?
TS– Para mim, a melhor coisa que o Nespereira fez– não é tirar o mérito aos outros guarda redes!- mas foi buscar um excelente guarda redes de fora muito jeitoso… Foram buscar este rapaz de Paredes, o Hélder, que é bom jogador! O rapaz de Tarouquela, o Paulo Monteiro, que é muito bom jogador, assim como o Nuno e o Pepe. Mas haveriam de ter um bocadinho mais de vontade! Temos um exemplo: o Rui Teles, é um bom jogador, só que é “malandro”! Não quer jogar futebol!
BA– Quais as suas perspectivas para o Nespereira?
TS– Eu gostaria muito de ver o Nespereira jogar com o Cinfães, na Divisão de Honra!

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte

Ceireiros 1– 2 Nespereira F.C.
VOLTAMOS Á NORMALIDADE!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo de Jogos de Beselga Tempo: Sol
Arbitrado por: Vítor Silva
CEIREIROS– Celso, Igor, Agostinho, André Ribeiro, Ricardo Santos; Franclim, Ilídio, Leitão, Tozé; David, Rui Cardoso.
Treinador: Paulo Santos
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( Paulo Sérgio, aos 81’) , Paulo Monteiro, Hélder, Jorginho ( Rui Teles, aos 37’), Carlitos( Diogo, aos 90+2’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 1-1.

E assim voltamos à normalidade! Após uma semana de “cortar à faca”, com as diversas opiniões sobre a derrota com o Alvite em casa, fomos à Beselga, em Penedono, ser a segunda equipa a ganhar em casa do Ceireiros.
Um campo extremamente grande, ajudou ao nosso modo de jogar.
O Nespereira até começou mal, a sofrer o 1-0, através de um auto golo de Márcio. Mas de seguida, num lançamento rápido de Sérgio Duarte, Paulo Monteiro cruza a bola e, Jorginho– sim, Jorginho!!!- de cabeça, marca o golo do empate.
Empate esse que se manteve até ao final do primeiro tempo.
No ínicio da segunda parte, não nos poderia calhar melhor do que marcar o 1-2. Pepe é lançado, e numa antecipação, de cabeça, ao guarda redes, marcou o golo. A partir daí, o Ceireiros tentou apertar o Nespereira, mas Carlitos ainda teve uma excelente oportunidade para bater o guarda redes do Ceireiros– também de cabeça– mas o defesa do Ceireiros não permitiu.
Os últimos minutos foram de aflição, para o Nespereira, apesar de no contra ataque, sermos mais perigosos, que o Ceireiros no ataque continuado.
Após o jogo, a equipa dirigiu- se ao local onde almoçou, a fim de puderem lanchar a feijoada, que lhes tinha sido privada no almoço, por questões óbvias.

A FIGURA
SÉRGIO SILVA
Foi o primeiro socorro do Nespereira. Não inventou, e foi sempre prático, ajudando imensamente Nuno Cardoso e Vilarinho. Também ajudou no ataque. Muito bem, também esteve Carlitos, e Márcio.

O ÁRBITRO
Não teve grande trabalho, apesar de ter o observador da Associação de Futebol de Viseu lá presente! Muito correcto, conseguiu levar o jogo a bem até ao fim!

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte

Ceireiros 1– 2 Nespereira F.C.
VOLTAMOS Á NORMALIDADE!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo de Jogos de Beselga Tempo: Sol
Arbitrado por: Vítor Silva
CEIREIROS– Celso, Igor, Agostinho, André Ribeiro, Ricardo Santos; Franclim, Ilídio, Leitão, Tozé; David, Rui Cardoso.
Treinador: Paulo Santos
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( Paulo Sérgio, aos 81’) , Paulo Monteiro, Hélder, Jorginho ( Rui Teles, aos 37’), Carlitos( Diogo, aos 90+2’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 1-1.

E assim voltamos à normalidade! Após uma semana de “cortar à faca”, com as diversas opiniões sobre a derrota com o Alvite em casa, fomos à Beselga, em Penedono, ser a segunda equipa a ganhar em casa do Ceireiros.
Um campo extremamente grande, ajudou ao nosso modo de jogar.
O Nespereira até começou mal, a sofrer o 1-0, através de um auto golo de Márcio. Mas de seguida, num lançamento rápido de Sérgio Duarte, Paulo Monteiro cruza a bola e, Jorginho– sim, Jorginho!!!- de cabeça, marca o golo do empate.
Empate esse que se manteve até ao final do primeiro tempo.
No ínicio da segunda parte, não nos poderia calhar melhor do que marcar o 1-2. Pepe é lançado, e numa antecipação, de cabeça, ao guarda redes, marcou o golo. A partir daí, o Ceireiros tentou apertar o Nespereira, mas Carlitos ainda teve uma excelente oportunidade para bater o guarda redes do Ceireiros– também de cabeça– mas o defesa do Ceireiros não permitiu.
Os últimos minutos foram de aflição, para o Nespereira, apesar de no contra ataque, sermos mais perigosos, que o Ceireiros no ataque continuado.
Após o jogo, a equipa dirigiu- se ao local onde almoçou, a fim de puderem lanchar a feijoada, que lhes tinha sido privada no almoço, por questões óbvias.

A FIGURA
SÉRGIO SILVA
Foi o primeiro socorro do Nespereira. Não inventou, e foi sempre prático, ajudando imensamente Nuno Cardoso e Vilarinho. Também ajudou no ataque. Muito bem, também esteve Carlitos, e Márcio.

O ÁRBITRO
Não teve grande trabalho, apesar de ter o observador da Associação de Futebol de Viseu lá presente! Muito correcto, conseguiu levar o jogo a bem até ao fim!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Campeonato Distrital de Júniores


Análise da época
A EQUIPA DOS BUÉ DE BALDAS!

Viu– se nesta época, que Sérgio Silva e Nuno Cardoso não tiveram trabalho fácil para orientar uma equipa das camadas de júniores A do Nespereira F.C.
Viram– se a braços com uma equipa completamente dividida, muito jovem, e sem experiência alguma em competição. Mas, infelizmente, não foi apenas isso… viram– se a braços com alguns jogadores rebeldes, desinteressados de competição, jogando apenas por vaidade…
Mas, o resultado do nosso campeonato de júniores, encontrou– se também numa “falha” - muito forçada!- dos nossos treinadores, de serem obrigados a utilizar uma filosofia à Paulo Bento, de nunca terem uma “espinha dorsal” de equipa… também é verdade que, ambos desconheciam as características dos jogadores, e precisavam de experimenta– los em diversas posições, para poderem ter certezas.
O Nespereira, acabou em último lugar, a 9 pontos do penúltimo– o Armamar.
Agora , vejamos as análises de cada jogador:
JOÃO FLÁVIO (3)- Bom entre os postes, demonstrou excesso de nervosismo fora deles, sendo um dos factores mais graves nas suas actuações. Teve uma boa actuação em Arguedeira, sendo de esquecer a actuação em Moimenta da Beira. É um excelente companheiro de balneário, mas muito nervoso fora dele.
TIAGO SOARES (3)- Guarda redes mais experiente que João Flávio, é seguro e mais calmo, mas peca pelo excesso de nervosismo já no pós jogo, e no excesso de confiança na sua capacidade. Fez um jogo inesquecível contra o Moimenta da Beira, em Nespereira.
JOÃO RAMALHO(3)- É a figura que fazia rir a equipa inteira, fora do jogo. Em campo, foi sempre dos mais certos. É um jogador duro, mas não violento, apesar de ainda reclamar excessivamente com os árbitros. Fez um bom jogo contra o Oliveira, lá– apesar do intenso nevoeiro existente!
ITÁLIA (2)- Desiludiu! Tendo corpo para lutar por um lugar nos séniores, foi um jogador excessivamente “mole” e muito pesado. A sua paragem de alguns anos, prejudicou a sua performance. Bom pontapé. Foi um dos chamados aos séniores.
PEDRO COSTA (3)- Bom central, mas muito desconcentrado. Teve uma lesão logo no primeiro jogo, mas não conseguiu demonstrar o futebol que prometia.
DAVID (2)- Apesar de ser um dos mais corpulentos jogadores da equipa, começou a época como titular, mas depois deixou de aparecer e não voltou a ser convocado.
DANIEL (3)- Foi como uma montanha russa… ora fazia jogos excelentes, ora fazia jogos desastrosos. Mas, no último jogo, pensa– se que encontrou a sua real posição… trinco!
ZÉ (3)- Muita velocidade, mas pouca habilidade é a característica deste jogador. Começou a época como ponta de lança, acabando como defesa central.
TIAGO DUARTE (3)- Jogador mediano, que fica marcado pelos seus óculos.
BALTAREJO (2)- Juntamente com Tiago Soares, foi o jogador mais “baldas” da equipa. Muito raçudo, não conseguiu se afirmar na equipa, derivado às constantes faltas de treinos.
CARLOS MIGUEL (3)- O “Pedro Barbosa” da equipa! Devagar, quase parando, foi o “maestro” da equipa, mas o seu físico também não o beneficiou muito. Jogou pelos séniores, uma vez.
DIOGO(5)- O mais “falador” da equipa! Sem grandes invenções, foi um jogador que lutou muito, e deu o litro em campo. Já é uma das constantes chamadas do treinador dos séniores.
MARCELO (4)- Foi um elemento muito importante a defender logo no meio campo. Muito forte, sente o jogo, e luta muito pelos companheiros. Já jogou duas vezes pelos séniores.
DUDU (4)- Começou mal aépoca, mas acabou– a bem! Jogador muito inteligente, sabe ser duro sem ser violento.
FONSECA (3)- Sem grandes oportunidades para jogar. Quando jogou, não demonstrou grande inteligência táctica, embora tenha uma força de vencer enorme. Fez um bom jogo em Leomil.
JORGE CASTRO (2)- Sabe muito mais do que aquilo que demonstrou. Poderia ser uma das estrelas da equipa, mas preferiu optar por outros caminhos. É muito inteligente tacticamente, e muito raçudo.
ANDRÉ (3)- O “Pelourinho” da equipa! Quando pegava na bola, só parava depois de passar a linha de fundo! Até ao sofrer um penaltie, não conseguiram deita– lo ao chão.
NUNO ROCHA(3)- Jogador criativo quando tem a bola nos pés, mas muito frágil quando não a tem.
JORGE FERNANDO (2)- Falta– lhe um bocado de habilidade nos pés. Fez um grande jogo contra os Cracks, em Nespereira.
NUNO (3)- Foi pena a equipa ter que se privar dele… era um dos jogadores importantes da equipa.
TIAGO MENDES (3)- Começou a época muitíssimo mal, mas conseguiu se afirmar na equipa, e nos últimos jogos, foi preponderante.
MIGUEL (4)- É o jogador com mais habilidade nos pés, e mais criativo. Mas peca muito pelo individualismo e o excesso de nervos existente em sua pessoa. Pode ser uma grande promessa! Já foi chamado aos séniores.
MEXA (1)- Foi convocado uma vez, para Moimenta da Beira, só não se equipou por falta de equipamento.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Campeonato Distrital de Júniores

Nespereira 0-5 Arguedeira
TUDO FOI MAU… ATÉ NÓS!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J.Isidro N.A. Semblano- Nespereira Tempo: Pouco nublado
Arbitrado por: Rosa Almeida
NESPEREIRA F.C.– João Flávio; João Ramalho, Itália, Zé, Tiago Duarte; Carlos Miguel, Marcelo, Nuno Rocha(Dudu, ao int.); André( Miguel, ao int.), Nuno Moura( Jorge Castro, aos 62’), Tiago Mendes.
Treinador: Sérgio Silva e Nuno Cardoso
ARGUEDEIRA– Samuel; Paulo Pereira, David, Melo, Jairo; Alex, Fábio, Luís Aguiar, Pedro Pereira; Gordo, Tiago Silva.
Treinador: Vítor Ferreira
Ao int: 0-3
A equipa de júniores do Nespereira resolveu “imitar” o Beira– Mar contra o FC Porto: deixou– se golear, por uma mão cheia em própria casa.
O Nespereira começou bem o jogo, não sendo feliz na finalização, pois Tiago Mendes, André e Nuno Rocha não conseguiam concretizar…
E como quem não marca, arrisca– se a sofrer, acabou por ser o Nespereira a sofrer, num pontapé livre cruzado e que João Flávio não conseguiu interceptar, e a defesa deixou o avançado da equipa de Tarouca rematar de cabeça para o fundo da baliza. Já aí, a equipa do Nespereira foi– se abaixo, e nunca mais conseguiu rematar com perigo á baliza do Arguedeira. Em compensação, o Arguedeira marcou o segundo golo, e já mesmo no final da primeira parte, marcou o terceiro.
Até aí, era mais um resultado banal! Na segunda parte, o Nespereira tentou equilibrar as coisas com a entrada de Miguel e Dudu. E o Nespereira chegou a marcar o 1-3, através de Tiago Mendes, mas que o fiscal de linha anulou por alegado “offside”. Mas o momento que descambou o jogo por completo, foi uma grande penalidade assinalada a Carlos Miguel, que gerou a revolta– diga– se de passagem, incentivada!- entre os pupilos de Sérgio/Nuno. Mas o Arguedeira acerta na barra. Após isto o Arguedeira marca o 0-4, e depois perto do final o 0-5, num lance precedido de falta sobre João Ramalho que, ficou estendido no meio da área enquanto o jogador do Arguedeira fazia o tento. Gerou– se alguma revolta entre os jogadores e público– principalmente da bancada!- , e, logo no lance a seguir, Marcelo borra a pintura toda, enfiando um grande pontapé na canela do adversário, conseguindo levar o cartão vermelho.
Final do jogo: há muito que aprender! Jogadores e público!

A FIGURA
TIAGO MENDES
Foi o elemento que mais tentou lutar contra a maré… de maneira “bruta”, lá se ia chegando aos adversários, ganhava as bolas, mas faltava– lhe um poder de finalização maior…
Realce para as boas exibições de Carlos Miguel e de Marcelo ( se não tivesse levado o cartão vermelho).

O ÁRBITRO
Se semana passada a elogiei relativamente aos seniores, esta semana já não o posso fazer! Muito indecisa, acabou por prejudicar o Nespereira em algumas situações– embora não tenha sido por culpa dela que perdemos o jogo! Enfim… ontem esteve sol, hoje foi chuva!!!

NÃO FAÇAMOS AOS OUTROS AQUILO QUE NÃO GOSTAMOS QUE FAÇAM A NÓS!
No último Sábado, num jogo das camadas de formação do Nespereira, apreciei um determinado comportamento– principalmente na segunda parte– agressivo aos adversários! Está certo que no futebol, quem não é duro, não vinga! Mas, naquele caso, a nossa defesa e meio campo perdeu completamente a razão, e passou a “agredir” autenticamente os adversários. Embora os outros, mais experientes conseguiram deixar mazelas em quase todos os nossos jogadores, mas derivado à sua dureza a jogar. Nós, na parte final, acabamos por passar por uma situação complicada, devido ao quinto golo, e o público incentivava os jogadores a agredirem fisicamente os adversários.
Mas, senhores adeptos e adeptas, não podemos incentivar os jogadores a optarem pelo caminho da violência, pois se tal acontecer, estamos sujeitos a quando formos a algum lado, os nossos jogadores– principalmente!!!- e nós, sermos recebidos de forma bem pior que aquilo que demonstramos.
Lembremo– nos que futebol é suposto ser festa, não combate!
Futebol é convívio, não rivalidade!
E estes jovens são futuros homens a jogar futebol amador, não “projectos” de Cristianos Ronaldos, Quaresmas ou Figos.

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte
Nespereira F.C. 3-0 G.D. Boassas
BOA…(CO)SSAS!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J. Isidro N.A.Semblano– Nespereira Tempo: Pouco Nublado
Arbitrado por: António Cardoso
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Fábio, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( Vítor Hugo, aos 76’), Paulo Monteiro, Hélder, Paulo Sérgio( André, aos 69’), Carlitos( Carlos Miguel, aos 76’).
Treinador: Mouta Pinto
BOASSAS– Marçal; Azevedo, Rui Plácido, Manganório, Xis; Dimas, Quim Miguel, Cardoso, Ricardo Fernando, Tó Silva; Yves
Treinador: Paulo Manganório.
Ao int: 1-0.
Num derby que, por tradição, costumava ser muito barulhento, neste o inverso se passou! Público muito calmo, sem grandes casos no jogo… diga– se de passagem, o jogo teve a visita dos “espiões” de Oliveira do Douro!
No jogo, o Nespereira dominou o jogo por completo, mas conseguindo marcar apenas ao minuto 35, com uma bela jogada de Carlitos e finalizada por Paulo Monteiro. Ao intervalo, salvava– se o golo e alguns ataques nespereirenses.
Na segunda parte, o Nespereira não podia ter começado melhor… Carlitos, numa bola que sobra dentro da grande área, domina, vira– se, e mesmo apertado pelo adversário, marca o 2-0. O Boassas não encontrava capacidade para responder ofensivamente, limitando– se a defender a sua baliza. Após isto, Pepe vê– se lançado, e com uma classe inigualável marca o terceiro dos alvinegros. Já mais descansado, Mouta Pinto– após ter posto André- faz entrar Vítor Hugo e estrear Carlos Miguel na equipa de séniores.
O Nespereira beneficiou ainda de uma grande penalidade sobre André, a que Hélder não conseguiu converter, confirmando que a sua malapata continua.
No final do jogo, tudo tranquilo e calmo, e com um resultado muitíssimo justo.

A FIGURA
PAULO MONTEIRO

Está num grande momento de forma!!! Fantástico! Foi o criador de todo o jogo ofensivo nespereirense, selando a sua boa exibição com um belíssimo golo, e com um momento de magia com a bola, que valeram alguns “olés” no fantástico Campo do Olival.

O ÁRBITRO
Foi muito correcto!
Não complicou, nem inventou! Apenas os árbitros auxiliares que, demonstraram ter um pouco de visão 2D, e não conseguiam distinguir um fora de jogo de um jogador em jogo.

Benigno Lento
“O Nespereira tem estrutura para estar numa Divisão de Honra!”

BA– Quais são as suas ligações com o Nespereira?
BL– As minhas ligações são desde muito novo, quando vim trabalhar para a Feira Franca, e depois que estive cá liguei– me a família Semblano, onde fiquei durante alguns anos em casa deles e onde me recordo saudosamente do Isidro Semblano.
Naquele tempo, faziam– se uns jogos Feira Franca contra o Maninho– naquela altura chamava– se Maninho, actualmente é Vista Alegre, onde a gente olha cá de baixo e quase que se vê uma vila lá na Vista Alegre. Então nós íamos a pé para o Maninho, jogarmos contra a Vista Alegre, onde haviam jogadores que jogavam pelo Maninho e pela Feira Franca, que era o caso do Isidro Semblano, do Salazar e do Alfredo Galhardo; assim como o Adriano “Moleiro”, a quem, naquele tempo, nós o chamávamos de Muck. E depois vínhamos buscar alguns aqui a Feira, que era o caso do Ricardo Teles, etc.
Pelo Maninho, era claro jogava o Ernesto, o falecido Tonito, o Adriano, que era um excelente guarda redes.
A Vista Alegre foi sempre um viveiro de jogadores de futebol. Foram sempre! Era a coqueluche de jogadores do Nespereira! Então nós no fim de cada jogo, a festa era todos juntos em casa de uma pessoa que eu também estimava muito, que era o senhor Américo “Susana”, que tinha por lá um tasco. Nós no fim, íamos todos para lá merendar. Mas eu as vezes me acanhava, porque alguns diziam que eu era de Macieira…
E é assim a minha ligação com Nespereira, desde novo! Gosto desta gente, gosto desta terra… e depois mais tarde vim treinar o Nespereira, quando foi o Apolinário, o Presidente da Direcção do Nespereira, o Zé Luís, etc. Então mais tarde vim treinar o Nespereira. Claro que, joguei também muitas vezes contra o Nespereira, mesmo na Vista Alegre.
Devo dizer que o jogador que eu tinha mais dificuldade em marcar, visto que a minha posição era defesa direito, médio direito, era o Ernesto Soares. Era um homem muito difícil de se marcar.
Mas como vê, ainda hije estou ligado a todas as pessoas, aos meus amigos, os “Susanas”[família Soares], aos meus amigos Teles, aos Semblanos, e também na Feira Franca no tempo da sua avó, nós éramos como uma família mesmo.
BA– Qual as recordações mais caricatas que tem daquele tempo?
BL– Mas como treinador?
BA– Como treinador e como jogador...
BL– O mais caricato se passava quando era naquele tempo, o futebol a brincar… era bonito! Jogava– se a brincar, sem raiva de uns para os outros. Jogava– se por amor à camisola, por amor às pessoas… havia “fair– play” antigamente! Infelizmente, houve um período em que não houve tanto “fair play”, mas que passou, e actualmente continua a haver “fair play”. As pessoas estão mais formadas, sabem ver futebol e é sempre bom para as equipas de todo o concelho.
Joguei no Fornelos durante muitos anos, optei por fazer um curso de Treinador, treinei várias equipas do concelho, assim como Souselo, Nespereira, Fornelos, o Vila Viçosa, aqui na nossa freguesia vizinha, onde fui campeão. Fui campeão várias vezes pelo Fornelos, e agora estou no desemprego… por questões pessoais.
BA– O que acha do Nespereira do passado e do Nespereira do futuro?
BL– Ora bem… o Nespereira do passado, se calhar– na minha opinião!- tinha os jogadores quase todos daqui da freguesia e era uma equipa diferente. Era uma equipa que jogava bem e tinha bons jogadores, que gostávamos de ver jogar como o Olegário, o Abel, o Quim Susana”, o Alcindo da Padaria, que era um grande central, o senhor Correia, o Salazar, o Alfredo Galhardo, estes mais ou menos, com a minha idade! Eram grandes jogadores!
Em relação ao futebol de hoje, acho que há mais competição… actualmente é mais competitivo que naquele tempo! Naquele tempo o futebol era mais forte, sem treinos às vezes.
O futebol hoje, como costumo dizer, se no meu tempo houvesse o mimo que existe, e que muitas equipas amadoras dão aos seus jogadores, se calhar haveriam muitos jogadores internacionais! No nosso tempo, tinha que se comprar umas chuteiras, as camisolas e as meias… ainda sou do tempo que se jogava com umas chuteiras com uns travessões, que era o sr. Pinto da Feira que fazia esses travessões para que pudéssemos jogar.
Agora é diferente! Há mais evolução no futebol… trabalha– se melhor que naquele tempo… íamos para o campo muitas vezes sem nos treinar, depois quando as equipas começaram a se filiar, começou tudo a ficar diferente.
Ainda me lembro daqueles grandes jogos, quando era miúdo e trabalhava aqui em Nespereira na padaria, e trabalhava com o falecido Isidro que era do irmão, e íamos jogar sem treinar… e engraçado, que íamos a pé, apanhávamos um carreiro pelo monte acima, para a Portelinha, no Maninho. Minto se lhe disser que esse tempo não me deixa saudade, mas fico feliz por ver as coisas muito mais desenvolvidas...
BA– Qual é o jogador do Nespereira que acha que sobressai na equipa actualmente?
BL– Devo dizer que o Nespereira, actualmente tem uma equipa muito compacta, mas há um jogador que está aqui a jogar que eu gostaria de ter em qualquer equipa que treinasse: o Hélder! É um jogador que vê– se que tem formação, que tem escola, e que é um jogador que tem lugar em qualquer equipa superior às nossas divisões. E Nespereira tem muitos jogadores que eu admiro, que é o caso do Nuno Cardoso! Um grande central! Um central, que se calhar,- quando eu o vi jogar muitas vezes no Cinfães– era jogador para estar na III Divisão Nacional. O Pepe também é bom jogador… tem vários jogadores que tem valor! Se calhar faltou– lhes a tal formação que hoje existe no futebol, mas que são jogadores que tem lugar em qualquer equipa da Distrital.
BA– Pensa em algum dia poder vir a treinar o Nespereira?
BL– Ora bem… não é uma coisa que eu não gostasse de fazer… voltar a treinar o Nespereira! Se um dia isso acontecer, com certeza venho para aqui com muito prazer, e o farei tão bem, como faria no Fornelos que é o meu clube… não posso negar que é o meu clube, o clube do meu coração porque fui um dos fundadores, mas com certeza que gostaria de voltar a Nespereira, pois sempre fui muito bem recebido, sempre fui muito bem tratado. As pessoas de Nespereira tratam– me como se eu fosse de Nespereira, apesar de ter aqui bastantes amigos. Gosto muito desta terra, tenho muitos amigos e tenho imensas saudades dos amigos que já foram que é o caso do falecido Isidro, e vou falar num nome que marcou muito: o sr. Alfredo Galhardo, que é uma saudade muito grande! Quase podíamos dizer, que éramos quase como irmãos!
BA– O que acha da estrutura do Nespereira?
BL– O Nespereira tem uma estrutura, desde que eu me lembro, que estou ligado a esta gente, teve sempre uma estrutura óptima, muito melhor que nos tempos antigos, em que se ia para a Vista Alegre, depois que se fez ali o campo no olival. Acho que o Nespereira tem estrutura– atenção que falo em estrutura, não em equipa- para estar na Divisão de Honra! Só que realmente isto é muito difícil, e actualmente não estou metido em nada, mas sei que há dificuldades de questões financeiras. Todos os clubes tem dificuldades de questões financeiras! Hoje quase não se joga por amor à camisola, hoje joga– se pelo prémio, pelo ordenado. Há já equipas que dão ordenados e prémios jeitosos, mas estes não jogam por amor a uma causa nem por amor à camisola.

Campeonato Distrital de Júniores

Sp. Armamar 4-0 Nespereira F.C.
NESPEREIRA A(R)MAMAR 4!

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo Municipal da Praia Tempo: Pouco Nublado
Arbitrado por: Nuno Vaz
ARMAMAR– Cristof; Tiago Magalhães, Roque, João Manuel, Joel; Ruben Patrocínio, Pedro Marta, Amaral, Pedro Correia; Telmo, Paiva.
Treinador: Sérgio Pereira
NESPEREIRA F.C..– João Flávio; João Ramalho, Zé, Itália, Tiago Duarte( Carlos Miguel, ao int.); Nuno Rocha, Baltarejo, Tiago Fonseca(André, ao int.), Dudu; Miguel( Daniel, aos 71’), Tiago Mendes.
Treinador: Sérgio Silva
Ao int: 3-0

O Nespereira deslocou– se a Armamar, a fim de cumprir o calendário da época 2006/2007. Sérgio Silva resolveu fazer algumas mudanças, devido à falta de Carlos Miguel no meio campo, por causa de doença– apesar de estar no banco! Dudu ocupou a função de organizador de jogo, mas não conseguiu ser tão bem sucedido, e a introdução de Baltarejo e Fonseca no meio campo, foram surpresas. O Nespereira começou o jogo logo a sofrer um golo de livre… mas que o árbitro anulou por ter sido assinalado livre indirecto. Mas não demorou muito o Nespereira sofreu o primeiro golo, numa desmarcação do iniciado Pedro Marta, este deixa Tiago Duarte para trás e marca o 1-0. O Nespereira timidamente tentava organizar algum jogo, mas perdia as bolas todas no meio campo– principalmente de cabeça!- e, assim o Armamar marcou o 2-0.
Após a marcação do 2-0, começou a ver-se um pouquinho de futebol de Nespereira, e chegou a introduzir a bola na baliza, através de Baltarejo, mas o fiscal de linha já tinha assinalado o fora de jogo. Logo de seguida, o Nespereira sofre o 3-0. Na segunda parte, Sérgio Silva resolve alterar as peças, e traz Baltarejo– o dito “irmão” do Mantorras, como disse o árbitro!- para defesa esquerdo, fez entrar André para o lugar de Tiago Duarte; fez entrar Carlos Miguel para o lugar de Fonseca, encostando Dudu mais a linha, e… trocou Tiago Mendes por Zé– ou seja T. Mendes passou de ponta de lança para central. Mas, infelizmente, não resultou assim tão bem, tendo Tiago Mendes num lance furtuito marcado um auto– golo. No final do jogo, o resultado foi justo: apesar de sempre ser pesado!

A FIGURA
TIAGO MENDES
Dentro da má exibição que se fez… Tiago Mendes foi, talvez o jogador que mais lutou, que mais ganhava bolas de cabeça, que começou como avançado e acabou a defesa central. Batia bem a bola para frente, mas no melhor pano cai a nódoa, e ele foi o autor do golo na própria baliza, na segunda parte.

O ÁRBITRO
Bom árbitro! Exigente, e não era de dar abuso aos jogadores… e não permitia faltas de respeito dentro e fora de campo, chegando, inclusive, a chamar a atenção do treinador do Armamar, devido à sua linguagem excessivamente agressiva.

NESPEREIRA APRESENTA A SUA DEFESA NA AFV!

O BOLA DO ARDENA, teve esta semana, conhecimento de que já foi emitido uma Nota de Culpa, relativo ao jogo do Nespereira vs. Cinfães, no Campeonato de Júniores, mas que– provavelmente!- não se escapará da derrota do jogo.
Veio ainda a se saber que o Nespereira respondeu à Nota de Culpa, apresentando a sua defesa.

AFINAL NÃO SÃO “MARIAS NEGRAS”...

… o nome da claque nespereirense! Após a edição da semana passada da foto da claque do Nespereira, surgiram diversas reclamações de que o nome seria feio, desajustado e mais alguns adjectivos ao nome… Um esclarecimento! Este nome surgiu de uma conversa num estabelecimento comercial, entre eu, Nuno Teixeira e Paulo Jorge Soares, onde surgiu o nome de “Marias Negras” derivado ao grande número de mulheres existentes na claque.
Mas, para evitar mais alguma confusão, o BOLA DO ARDENA resolveu abrir um concurso para a melhor proposta para nome da claque. Este concurso estará aberto até Sábado, às 23h59. Para participar, dirijam– se ao Editor: Ercílio Galhardo Neto.

Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte

G.D.Sul 0-2 Nespereira F.C.
TEM– SE UMA GRANDE MÁQUINA… HELDER TT!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no Parque Desportivo da Rebessa Tempo: Chuva
Arbitrado por: Bruno Pereira
SUL– Toni; Matos, Rogério, Neri, Correia; Fábio Costa, B. Santos, Nuno Alves, Vando; Bandeira, Sérgio.
Treinador: Fernando Pinto
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Carlitos( Vítor Hugo, aos 42’), Hélder, Paulo Sérgio( Vítor Hugo, aos 68’), Sérgio Silva; Pepe( Ricardo Pereira, aos 90’) , Jorginho( André, aos 86’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 0-1.

O Nespereira foi para o Sul, enfrenta– lo como qualquer outro adversário, apesar deste só contar com 2 pontos na classificação. O Nespereira tomou conta do jogo, e sufocou o Sul… mas não conseguia marcar… nem por Carlitos, nem por Paulo Sérgio, nem por Hélder, nem por Pepe. Mas a meio da primeira parte, uma bola é ganha no nosso meio campo, sobra para Carlitos, que de cabeça desmarca Jorginho, que “cavalga” isolado para a grande área, sendo travado pelo defesa. No penalti, Jorginho não deu hipótese, acabando com as defesas miraculosas do guarda redes do Sul. Ao intervalo, o Nespereira ganhava por 1-0.
No inicio da segunda parte, o Sul entrou mais motivado e ainda provocou calafrios ao Nespereira, num deles, quase que a bola beijava o poste… A partir daqui só dava Nespereira, e começou o festival de perdulariedade… Pepe foi o mais perdulário. Por mais que se tentasse, a bola não entrava!
Até que a determinada altura, após 21 remates da equipa do Nespereira, após o golo, voltamos a festejar o tento de Pepe.
A partir daqui o jogo ficou monotono, o terreno não ajudava, e Vítor Hugo, ainda conseguiu ser expulso, num lance algo polémico…
No final, a vitória coube– nos bem, mas ainda terão que treinar muito a pontaria!!!

A FIGURA
HELDER

Esteve maravilhoso! É um “carregador de pianos”, mas com classe! Foi o organizador do jogo nespereirense, e ainda tentou por algumas vezes marcar, não o conseguindo por azar.

O ÁRBITRO
Foi um árbitro normal! Apesar de ser novo, mostrou ter muita personalidade, e não ter medo de marcar as faltas…
Foi um pouco exagerado no vermelho directo a Vítor Hugo.

Campeonato Distrital de Júniores

Nespereira F.C. 2-2 Cracks Lamego
O MELHOR JOGO DA ÉPOCA!

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J.Isidro N.A. Semblano- Nespereira Tempo: Sol
Arbitrado por: Adelino Duarte
NESPEREIRA F.C.– João Flávio( Tiago Soares, aos 70’); João Ramalho, Zé, Itália, Baltarejo; Daniel, Dudu, Fonseca( Carlos Miguel, ao int.); Tiago Mendes(Jorge Fernando, aos 77’), Miguel, André.
Treinador: Sérgio Silva e Nuno Cardoso.
CRACKS– Pedro Pereira; Adriano, Joel, Edimilson, Hugo Cabral; Tó, Ricardo, Pedro Xavier, Tiago, Luís Guedes, Vítor Guedes.
Treinador: Vítor Rebelo
Ao int: 0-0

No último jogo da época, finalmente se conseguiu ver um jogo dos júniores , com alguma emoção! Ambas as equipas entraram em jogo a fim de disputar a vitória, mas nada aconteceu… a não ser um remate de Daniel, isolado, à barra da baliza!
Após o intervalo, Sérgio Silva e Nuno Cardoso resolveram introduzir Carlos Miguel no jogo. O jogo continuava a ser disputado taco à taco, mas num lance de bola parada, Itália e Dudu distraem– se e deixam o adversário cabecear a bola para as malhas de João Flávio. Era o 0-1. Mas alguns minutos após, Daniel de longe remata, a bola volta a bater no ferro e sobra para André, que espectacularmente marca o empate. O jogo estava emotivo e o Nespereira fez entrar Jorge Fernando, para o lugar de Tiago Mendes, minutos depois de termos sofrido o 1-2. Jorge Fernando foi muito incomodativo para a defesa lamecense. Tão incomodativo que à sua custa, o defesa esquerdo do Cracks foi expulso. E num cruzamento de João Ramalho, Daniel é carregado dentro da grande área, e o árbitro assinala a grande penalidade. Penalty que foi assinalado por Miguel e o converteu no golo do empate.
A partir daqui o Nespereira procurou o golo da vitória, mas não o conseguiu… Apesar de não ter sido uma época muito famosa, pode– se dizer que a equipa de júniores terminou com o seu melhor jogo na época perante o Cracks!


A FIGURA
DANIEL
Na sua função, não terá sido muito bem sucedido, mas foi– o na raça, na garra e na vontade que demonstrou em ganhar este jogo. Mandou duas bolas ao ferro, ganhou uma grande penalidade . Fechou a época como promessa para o próximo ano.

O ÁRBITRO
Muito “conhecido” do público do futebol… a sua fama acabou por influenciar no seu trabalho, logo de inicio, quando foi preciso um dirigente do Nespereira F.C. chamar a atenção ao árbitro de que ambas as equipas jogavam de preto. Após a troca de equipamentos, no jogo, foi “ligeiramente” desastrado. Terminou o jogo, aos min. 90, debaixo de um medo da pressão do público.


Campeonato Distrital da 1ª Divisão Distrital– Zona Norte

Nespereira F.C. 2-3 Alvite
DERROTA JUSTA PARA EXCESSO DE CONFIANÇA E INVENÇÃO!!!

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J. Isidro N.A.Semblano– Nespereira Tempo: Sol
Arbitrado por: Paulino Morais
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte( André, aos 83’), Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( Paulo Sérgio, aos 77’), Paulo Monteiro, Hélder, Jorginho, Carlitos.
Treinador: Mouta Pinto
ALVITE– Fernandes; Calhau, Carlos Gomes, Albino, Malaia; Amarar, Marco Paulo, Varela, Hilário; Figueiredo, Luís Silva.
Treinador: Carlos Pinto
Ao int: 2-0.

Incrível!!! Foi o que se passou ontem! O Alvite veio a nossa casa ganhar os primeiros pontos em Nespereira!
O Nespereira iniciou o jogo com o mesmo “onze” de sempre… e no inicio, o Alvite até ameaçou mais, rematando uma bola à barra da baliza de Hugo Maciel. Mas - normalmente, o Nespereira ia tomando conta do jogo, mas tardava em marcar. O primeiro golo, nasceu de uma jogada na direita, em que Pepe cruza, e Carlitos marca de cabeça. Após isto, o segundo não demorou. Logo de seguida, num pontapé de canto de Hélder, Sérgio Silva ajeita a bola para Carlitos fazer o 2-0. Ao intervalo, tudo bem.
O descalabro veio na segunda parte… o Nespereira apresentou– se apático, desinspirado, excessivamente confiante no 2-0, além de completamente indisciplinado tacticamente! O que não deveria acontecer!!! Para isso lá estão os treinadores!!! Além de o ataque falhar golos– e de não ter sorte!- , como no Sul, a defesa também falhava– a segunda melhor defesa do campeonato!- imenso… todos os golos do Alvite nasceram de contra ataques. Onde estavam os centrais quando devíamos defender a vantagem? O Alvite rapidamente chegou ao empate, e o treinador resolveu tirar um defesa e meter um médio ala, transitando Sérgio Silva para o lado direito, não dando quaisquer resultados. Pior! Já em tempo de descontos, demos o canto do cisne, sofrendo o 2-3. Foi mau!!! Muito mau! Esperemos que sirva para todos reflectirem as diferentes maneiras de encarar a maneira de jogar...

A FIGURA
HÉLDER

Dentro da tragédia que se passou, foi o mais esforçado para virar o jogo, mas sozinho não conseguiu… Apesar de todos os eufemismos possíveis para descrever o jogo, Hélder é um dos que não merece estar incluído neste conjunto de adjectivos negativos.

O ÁRBITRO
Um árbitro novo, acompanhado de dois bons assistentes… Só que, a sua falta de experiência levou– o a prejudicar o Nespereira– também! Deixou passar em claro, duas grandes penalidades a Jorginho– uma delas muito discutível!

Armando Duarte
“Actualmente, não consigo ver os jogadores com amor à camisola!”

BA– Como é que o senhor começou a gostar de futebol?
AD– Desde pequenino… Quando saí da escola, fui logo para o Porto com 12 anos. E com os meus 14,15 anos cheguei a treinar no Campo da Constituição, do FC Porto. Mas nunca fiz jogo algum pelo FC Porto.
Depois fui fazendo uns joguitos aí… no ínicio eu não era guarda redes, era extremo esquerdo
BA– O senhor era extremo esquerdo?
AD– Sim… era extremo esquerdo!
BA– E como é que foi parar na baliza?
AD– Porque eu aleijei– me num joelho e calhou… fui uma vez para a baliza, eles gostaram e continuei!
BA– Qual o melhor jogo que fez pelo Nespereira?
AD– O melhor jogo que eu fiz– penso eu1– pelo Nespereira, foi com uma equipa do Porto, onde jogava o Couto, antigo júnior do Porto. Mas isso foi quando eu estava para ir para o Ultramar, em 1966. Foi quando eles me quiseram levar para uma equipa do Porto. Não sei se era para o Boavista, se era para o Salgueiros… mas eu disse:”eu já vou embarcar, já vou para a tropa!”
BA– Quem eram os seus companheiros aqui de equipa?
AD– Era o falecido Isidro, o Américo, o Artur– estes são mais novos-, e cheguei a jogar com o Abel, com o Olegário, com o Manuel de Pereira, o Manuel António– que também é bem mais novo que eu!
Eu era o mais velho deles todos!
BA– Qual o jogo que se lembra melhor?
AD– Eu sei que quando vim jogar para o Nespereira, este ainda não era filiado… e havia um jogo aqui contra o Vila Viçosa, e eu jogava no Gondomar! Porque eu fui guarda redes do Gondomar! Então eu estava no Porto, o Gondomar ia a Santo Ovídio jogar contra o Vilanovense, e eu fui convocado para ser titular, só que eu quando soube que havia um jogo aqui, não apareci, e vim jogar pelo Nespereira.
BA– Quer dizer que jogou pelo Nespereira, quando estava filiado no Gondomar?
AD- Sim! Depois vim para aqui e fiz diversos jogos, em torneios em Paiva… e foram esses torneios que me levaram para cima! Esses torneios me levaram para cima, porque estava a ver o Cinfães e o Arouca. Porque eu também joguei no Cinfães e joguei no Arouca… então o Cinfães me viu, veio ter comigo, fui a Gondomar pedir a carta para vir, eles me deram e assim fui para o Cinfães.
BA– E recordações dos torneios?
AD– Isso tenho recordações muito boas desses torneios...jogamos lá com equipas mesmo muito boas, lá do Porto, e até o treinador do Salgueiros jogou lá e convidou– me para ir para o Salgueiros!
Aquilo calhava– me bem!!! Eu cheguei a defender lá três penalties! E eles até diziam que eu era o único que percebia de bola na equipa! Porque eu mandava!
Eu não defendia bem! Mas o meu melhor era mandar, orientar a defesa e o meio campo… isso era o meu melhor! A minha visão de jogo!
Eu via para onde a bola ia… antes de um adversário chutar, eu já sabia para onde a bola ia… Era isso o meu melhor! E foi aí que fiz os meus melhores jogos!
Em Nespereira, tenho recordação de um jogo ali em Vildemoinhos, quando jogávamos ainda pelo INATEL, onde ganhamos o jogo e depois perdemos na Secretaria… ganhamos por 1-0 e depois perdemos!
BA– Porque perderam o jogo na Secretaria?
AD– Porque jogamos com um jogador chamado Zé Manel, que era do Porto, e que estava filiado na Distrital e não na INATEL.
BA– Quando acabou a sua carreira de jogador?
AD– Em 1982. Depois cheguei a ser treinador também...Ainda cheguei a fazer jogos como jogador e treinador, porque na altura o treinador era o Correia e o Carlitos de Paradela… e quando esses não apareciam, eu é que ficava como treinador.
!A– E como treinador, que recordações é que guarda?
AD– Nenhuma! (risos) A única coisa que posso dizer, é que eu mandava e eles me obedeciam… todos! O Hernâni, o Domingos! O Hernâni chegou a jogar comigo!!! O Vítor acho que não! O Nandito sim!
Como treinador lembro– me de um jogo em Britiande, em que fomos jogar para o INATEL, e o Cabril tinha ido jogar quinze dias antes em Britiande. Não minto! O Britiande tinha vindo jogar com o Cabril à Alvarenga! Como o Britiande tinha dado porrada nos de Cabril lá, os de Cabril queriam se vingar nos de Britiande aqui! E eu, como sempre fui amigo de toda a gente, não deixei! Então eu pedi e os de Cabril não fizeram mal aos de Britiande.
De seguida, fomos à Britiande… levamos quatro autocarros, sendo preciso andar um individuo lá com uns altifalantes, a anunciar que havia futebol, para o pessoal ir ao jogo. Então chegamos lá, e o Dr. Teles– que era o Dr. Teles, o nosso médico de equipa, e as boas vindas que eles nos disseram foi: “São todos uns bons filhos da p…, excepto esse!” Que era eu! E quando fomos jogar, o primeiro a levar uma cacetada fui eu!(risos) Perdemos lá 3-1, o Manuel António marcou o golo, e mal acabou de marcar o golo, levou um pontapé no rabo!(risos) Outra foi, o Ernesto ganhou a bola no meio campo, o outro vai para cortar a bola e sentou– se em cima dele! Neste jogo, eu era o capitão e reclamei o jogo, que foi aceite e fomos fazer o jogo a Castro Daire, onde ganhamos 3-1. Já não houve pancada, não houve nada1
BA– Quais as suas perspectivas para o Nespereira?
AD– Actualmente não sei! Não consigo ver os jogadores com aquela garra, com aquela vontade de ganhar que nós tínhamos antigamente! Não vejo os jogadores com amor à camisola, como havia naquele tempo. Mas isso...



O PESADELO
Ontem, como adepto, o jogo do Nespereira– Alvite, foi simplesmente nojento! Não consigo compreender como uma equipa que até estava a fazer bons resultados, deixa– se derrotar assim, tão facilmente, por uma equipa muito menos experiente, como se pode constatar… O que se passou ontem? Foi um pesadelo!!! Podemos utilizar as mais variadas desculpas, e a mais fácil: “ há jogos assim!”, mas não… não se pode perdoar uma derrota destas a uma equipa que passou 9 jornadas na invencibilidade; que foi ao líder– na altura!- S.J.Pesqueira, quase ganhar o jogo; que recuperamos de uma desvantagem de 2-0, em Parada de Ester, e conseguimos trazer um ponto, e que já está “rodada” desde 2000. Não se pode perdoar! Onde estará o erro?
Esta época, com o S.J. Pesqueira, em casa, a ganhar por 2-0, fomos deixar-nos empatar! E agora com o Alvite, deixamo– nos derrotar! É incrível! A ganhar por 2-0 com o Fornelos, deixamo-nos empatar! E só não perdemos com o Oliveira do Douro, após estar a ganhar por 3-0, porque eles falharam um penalty, e acertaram duas bolas ao poste. Isto será o factor de: “há jogos?” ou será algo que está mal dentro do grupo ( tanto jogadores, como técnico ou directivo)? Algo se passa? Estes jogadores– alguns! Nem todos merecem ser metidos dentro do mesmo saco!- será que perdem as perninhas na segunda parte? Será que o treinador tem apenas uma ou duas opções no banco? O que acontece não sei! Se encara-se isto como uma brincadeira, então isto está mal! Os adeptos, pagam para ver os jogadores espalharem a sua magia dentro de campo! Os directores trabalham para haver condições mínimas para o bem estar do grupo– e ainda são alvos do não reconhecimento de alguns dos sócios, mas também só pode falar quem trabalha lá! É muito fácil criticar! O jogo foi mau, muito mau! Reconheço o valor destes jogadores do Nespereira, e é por isso– por eles terem valor!- que me senti indignado com o resultado de ontem. Foi como se a Direcção, este ano estivesse a construir um prédio, e chegassem algumas pessoas e arruinassem com tudo! Por isso, peço– vos, como adepto, que mudem de atitude, dentro de campo. FORÇA NESPEREIRA!

O Editor