segunda-feira, 31 de março de 2008

ANÁLISE DA ÉPOCA 2007/2008


O Nespereira Futebol Clube apresentou-se, esta época, para não variar, com o mesmo objectivo de sempre: a manutenção. Manutenção essa que foi conseguida, com o Nespereira a ficar em 6º lugar, sendo a melhor equipa do concelho de Cinfães, nesta série, mas ainda passou por situações complicadas.

A equipa, em si, demonstrou ter um carácter imenso, mas, também demonstrou algum excesso de confiança, em alguns jogos, e sobretudo alguma indisciplina em campo. Indisciplina, premiada com os cartões encarnados, umas vezes justos, outras escandalosos. Relativamente à equipa:




  • Jorge Ramalho (3)- Muito sereno, durante a maior parte da época, com a sua experiência, foi o salva-vidas da equipa. Borrou a pintura, no jogo contra o Resende, em casa, a sofrer um golo mal sofrido, e a ser expulso.
  • Zé Manuel (3)- Apesar da sua baixa estatura, conseguiu cumprir a sua missão, quando foi chamado, e teve uma grande exibição contra o Boassas, em casa.
  • João Paulo(2)- Muito irregular, mas era um dos elementos que Mouta Pinto tinha muita confiança. "Morria" na segunda parte.
  • Ricardo Valente (5)- Foi o elemento mais regular da equipa. Muito raçudo e lutador, nunca dava nenhuma bola como perdida.
  • Vilarinho (3)- Teve uma época para esquecer. Principalmente, a nível disciplinar: ficou 8 jogos sem jogar devido à duas expulsões directas. Uma delas foi uma palhaçada do sr. Pedro Saraiva.
  • Nuno Cardoso(3)- Também não foi a melhor época, e demonstrou- se nesta parte final do campeonato. Mas, tem a vantagem, de lutar dentro de campo, como se fosse o seu último jogo da vida.
  • Márcio (4)- Está melhor que a época passada. Mais atacante, e muito mais certo na defesa.
  • Sérgio Duarte(3)- Jogou e cumpriu. Foi o substituto de Vilarinho, embora, em Ferreira de Aves, tenha actuado como "trinco"
  • Bruno Daniel(4)- Pela fidelidade, e pelo seu amor à camisola merece um 4. Fez o seu primeiro jogo à titular, contra o Sezurense, em Sezures. Desde que ficou sénior, foi a época que mais jogou.
  • Sérgio Silva (3)- Em relação à época passada, baixou um pouco o rendimento, mas, é um dos jogadores mais esforçados da equipa, embora quando "acabam as pilhas" nada consegue fazer.
  • Paulo Monteiro(5)- O "Zidane", como é chamado, fez uma boa época, embora muito discreto, também é vitíma do excesso de nervosismo, como foi com o Ceireiros, em casa.
  • Pepe (4)- Foi capaz e do melhor. Quando todo o mundo o condena, ou faz um passe para golo, ou marca um golo. Muito perdido de vez em quando.
  • Fábio(3)- Jogou pouco.
  • Rui Teles(3)- Está pesado demais. Mas mesmo assim denota uma técnica impressionante, sendo o mais brincalhão com a bola.
  • Bateira (3)- Foi a sua melhor (ou menos má) época desde que me lembro de vê-lo jogar no Nespereira. Fez um bom jogo em Resende.
  • Paulo Sérgio (3)- Também jogou pouco, mas fez um grande jogo em Alvite.
  • Marcelo(5)- Muito forte, surpreendeu. Ajudou com a sua força, no ataque nespereirense, e traduziu isso em golos.
  • Carlitos (5)- Parece o Carlitos de outrora- embora um pouco mais largo!- e conseguiu entrar para a história do clube, com o hat- trick que fez contra o Tarouquense. Está mais esperto e mais fulgurante.
  • Jorginho(3)- Começou bem a época, mas a partir do jogo em Resende, demonstrou sofrer de Síndrome do Sporting... ou seja, não consegue converter os penaltis. Falta-lhe um pouco de inspiração.
  • Vítor Hugo(1)- De um momento para o outro deixou o Nespereira, para ir para o Oliveira do Douro.
  • Mouta Pinto (2)- Com os jogadores do plantel, poderia ter- se evitado alguns mal resultados, como com o Oliveira, Viseu e Benfica, e Resende em casa. É muito tardio nas substituições.

E assim acaba esta época que demonstrou mais um ano de trabalho das diversas direcções dos clubes todos. Surpresa foi a - possível- descida do Sernancelhe. Muito surpreendeu também o Alvite e o Viseu e Benfica. O Sezurense, fez uma ponta final fantástica.

Quanto às equipas do concelho: Fornelos e Oliveira decepcionaram, pelos tristes resultados e respectiva classificação.

Quanto à arbitragem...são dispensáveis- em minha opinião- o sr. Nuno Vaz e o sr. Pedro Saraiva, que actualmente foram repreendidos pelo Conselho de Disciplina, o que acaba por dar razão aos nossos protestos. E assim, espero não os ver mais no Campo do Olival.

TIPICAMENTE DE FIM DE ÉPOCA!

NESPEREIRA 5-0 BOASSAS

O Nespereira jogou este domingo, o último confronto da época 2007/2008. Mouta Pinto não fez quaisquer alterações relativamente ao encontro de Viseu.


O Nespereira começou o jogo muito ansioso pelo golo, mas não conseguia fazer um ataque com pés e cabeças, parecendo haver um vazio no meio campo.


Entretanto, o Boassas ia tentanto atacar- sempre na linha do fora de jogo- e foi mesmo a primeira equipa a ter a melhor possibilidade do encontro até ao momento. Num livre frontal à baliza do Nespereira, o remate vai direito à Zé Manuel, que evita o golo, com defesa vistosa.


Após isto, o Nespereira adormecido , deixa o médio esquerdo do Boassas ganhar a faixa, isola- se e remata com Zé Manuel a defender, sobrando para o avançado duriense, que rematou contra as pernas de Nuno Cardoso, que se encontrava em cima da linha de golo.


E, já desesperado por jogar em condições, o Nespereira não conseguia nem rematar, nem fazer uma jogada pensada. E de repente, Nuno Cardoso "isola"o avançado do Boassas, que ganha a linha, passa para o ponta de lança, e Zé Manuel, em estilo "Manuel Neuer"- o guardião do Schalke 04- defende a bola com a ponta do pé, após já estar com o corpo todo do lado oposto.


Mas... de repente, num canto, Pepe assiste Sérgio Silva, que em frente ao guarda redes do Boassas, marca o 1-0.


A partir daqui, o Nespereira começou a jogar melhor alguma coisa, e já perto do final da primeira parte, Jorginho desmarca Marcelo, que na saída do guarda redes, faz um belo chapéu, marcando assim o 2-0. Ao intervalo, o Nespereira batia o Boassas por 2-0.


Na segunda parte, o Nespereira voltou melhor. Parecia haver mais gente no meio campo, e o jogo era mais rápido.


Aos 53', Pepe é desmarcado, o guarda redes disputa a bola com o nespereirense, mas o guarda redes larga a bola, e vendo Pepe isolar- se, faz falta, agarrando o jogador, com o árbitro marcando grande penalidade. Penalidade que foi convertida por Nuno Cardoso, fazendo o 3-0. O Nespereira abrandou o ritmo, até à entrada de Rui Teles, Bateira e Bruno Daniel.


E numa jogada, que começa em Rui Teles, passa no meio para Pepe, e este "rasga" a defesa do Boassas, encontrando Jorginho na esquerda, que centra rasteiro, para um golo simples de Bateira.


Minutos depois, já em tempo de desconto, Bateira resolve devolver a prenda de Jorginho, para este marcar o 5-0.


Uma palavra de apreço, para o Boassas, que apesar de todas as dificuldades, que teve durante a época, nunca desisitiram.


Arbitragem boa, com os jogadores a não complicarem.




A FIGURA- Zé Manuel


O guarda redes de Travanca, foi a figura do jogo, pois enquanto o Nespereira se encontrava, ele ia evitando o Boassas de estar em vantagem. Fez três grandes defesas, e foi preponderante na primeira fase do jogo.

domingo, 16 de março de 2008

SÓ LHES FALTOU UM PAU... PORQUE PAU DERAM ELES!!!

VISEU E BENFICA 2-0 NESPEREIRA
Nesta penúltima jornada do campeonato, o Nespereira deslocou-se à Viseu, até o Fontelo, para defrontar o Sport Lisboa Viseu e Benfica. Sendo considerados candidatos à possível luta da subida, o Viseu e Benfica necessitava de ganhar o jogo ao Nespereira.
Mouta Pinto apenas alterou Sérgio Duarte, metendo de ínicio Jorginho.
O jogo foi muito táctico, com ambas as equipas a estudarem- se por um período de 20 minutos, mas se notando uma franca tendência do Viseu e Benfica em ter a posse de bola. O Viseu e Benfica atacava muito pelo lado direito do seu ataque, dando muitas dores de cabeças à Márcio. O Nespereira conseguiu fazer a sua primeira jogada de ataque através de Sérgio Silva, em que o jogador viseense corta a bola com a mão, mas o árbitro nada assinalou. O Viseu e Benfica tentava atacar, e num cruzamento de George, Eugénio aparece na grande área cabeceando sozinho ao lado. O Nespereira começou a soltar mais a bola, apesar de não conseguir uma transição rápida do meio campo para o ataque. Por vezes, valia alguma imaginação de Jorginho, que em algumas jogadas individuais lá ia atacando o lado esquerdo da defesa viseense.
Tardava a haver golos no Campo 1.º Maio, e o Viseu e Benfica começou a demonstrar- se mais nervoso, e a optar pelos remates de meia de distância. Junto com os nervos, o Viseu e Benfica começou a jogar muito duro, fazendo entradas à margem da lei, a que o árbitro Marco Fonseca não "quis" ver! Chegando perto do intervalo, num lance na grande área nespereirense, Márcio e Vilarinho pressionam um jogador do Viseu e Benfica, o jogador sai da grande área e atira- se para o chão, com o árbitro assinalando uma grande penalidade(!!!)
Mesmo na grande penalidade, Zé Manuel quase defende, mas não consegue evitar o 1-0. Ainda antes do intervalo, Pepe- que teve uma tarde para esquecer!- bate um livre descaído no ataque direito, centra para a grande área e Nuno Cardoso aparece cabeceando ao poste da baliza, com Carlitos na recarga mandando a bola por cima. Era o intervalo!
Na segunda parte, o mesmo se passou, mas se denotando um certo decréscimo à nível físico do Nespereira. O Nespereira mastigava muito o jogo, e era vitíma da pressão viseense, que não tinha qualquer pudor em tirar a bola, fosse da maneira que fosse. Jorginho e Rui Teles- que entrou para o lugar de Pepe- foram vitímas da dureza do Viseu e Benfica. Mas antes, o Viseu e Benfica tinha marcado o 2-0, através de um canto, procedido de uma falta sobre um jogador nespereirense, que o senhor árbitro preferiu não ver. No canto, o jogador foge à marcação de Paulo Monteiro e cabeceia de forma indefensável para Zé Manuel.
A partir daqui, deixou de se ver jogo de futebol, para se ver uma sucessão de faltas e entradas duras sobre a equipa nespereirense, que não podia nada fazer. Jorginho ressentiu- se do joelho, e foi substituído por Bateira, assim como Márcio, que se encontrando "amarelado", estava constantemente a ser tentado pelos jogadores de Viseu, a ser expulso. Mas foi substituído por Bruno Daniel.
O Viseu e Benfica agora geria o jogo, e somente atacava em lances rápidos de contra ataque, que em duas situações valeu à equipa as saídas corajosas de Zé Manuel.
Mesmo em cima da hora, num cruzamento para a gran de área do Viseu e Benfica, Bateira cabeceia e o defesa tira a bola em cima da linha com a mão, já fora do alcance do guarda redes, sobrando ainda para Carlitos, que disparou, mas voltou a acertar no ferro, mas agora na barra da baliza da equipa da casa.
No final, frustração de ambas as equipas, Nespereira por não ter ganho, e Viseu e Benfica, após saber o resultado do Alvite- Resende, ver que já não tem hipótese de subir de divisão.
Arbitragem muito "à inglesa", do sr. Marco Fonseca, que "inventou" o penalti, e deixou a dureza do Viseu e Benfica tomar proporções absurdas, para um jogo de futebol, não de um combate de wrestling.
A FIGURA- Nuno Cardoso
Foi um dos elementos mais inconformados do Nespereira, e demonstrou-o plenamente. Ganhou tudo o que havia para ganhar na defesa, e ainda ajudou a atacar, em momentos de desespero e inconformismo. O cabeceamento ao poste é a prova disso.

domingo, 9 de março de 2008

COMO O DIFICIL FICOU TÃO FÁCIL?!!!

NESPEREIRA 4-2 TAROUQUENSE
Num belo domingo, Nespereira e Tarouca mobilizaram- se para assistir a mais um jogo para o Campeonato Distrital da AF Viseu.
Mouta Pinto fez apenas uma alteração relativamente ao jogo do Nespereira com o Ferreira de Aves: a introdução de Marcelo no "onze" e a manutenção de Jorginho no "banco".
O Nespereira começou muito mal o jogo, sendo mesmo empurrado para o seu terço defensivo, e logo aos 2', uma boa jogada do ataque tarouquense, Vilarinho salva em cima da linha, o Nespereira do primeiro golo. Primeiro golo esse, que foi inevitável, após uma extrema sufocação, e num canto do lado direito do ataque de Tarouca, em jogada estudada, o Tarouquense marca o 0-1, com muitas culpas para as falhas de marcação e a falta de pressão contínua que o Nespereira não exercia. O Nespereira parecia perdido, sem qualquer ligação entre a defesa e o ataque, e o Tarouquense não jogava bonito, mas era mais eficaz. O Tarouquense, jogava através de rápidos contra- ataques, mas não demonstrava grande futebol.
O meio campo tarouquense ganhava tudo e não deixava o Nespereira jogar. Num lance tipico da equipa da serra, uma bola é aliviada na defesa, a bola sobra para Nuno Cardoso que tenta atrasar de cabeça para Zé Manuel. O guarda- redes, mais adiantado, tenta evitar o canto, cedendo um lançamento lateral. Nesse mesmo lançamento, o ataque tarouquense consegue aumentar a sua vantagem, através de Simão. Era o 0-2.
O Nespereira tenta responder, mas apenas conseguiu através de um lance individual de Sérgio Silva, que remata por cima. A partir daqui, surgiu Carlitos, que num primeiro lance, em que é desmarcado, não consegue desfeitear o guarda - redes de Tarouca. Depois, num lance de Pepe, este desmarca Carlitos, que quase sem ângulo, remata por cima da trave.
Após uma primeira parte de uma pobreza franciscana por parte do Nespereira, a equipa da casa via as coisas muito dificeis para si.
Na segunda parte, Mouta Pinto substitui Sérgio Duarte por Jorginho. E o Nespereira parecia muito mais esclarecido e jogava mais em toda a largura do campo. E Sérgio Silva dá mais um aviso, rematando por cima da barra. Mas, aos 52', num lance de muita força, Marcelo, ganha a bola ao central tarouquense, e de meia volta, na entrada da grande área, este reduz o marcador. Era o 1-2. A equipa do Nespereira moralizou- se, e sem dar hipótese, começamos a assistir a um grande show chamado Carlitos. Carlitos, numa série de ressaltos, dentro da grande área, remata e marca o 2-2. O Tarouquense, demonstrou muita dificuldade em defender- principalmente nas alas. E de repente, de fora da área, de pé esquerdo, Carlitos marca o 3-2, marcando o golo da tarde. Exultava o público nespereirense, após a reviravolta no marcador.
Mas, o Nespereira não baixou os braços, e continuou a atacar, e por duas ocasiões, Jorginho consegue ganhar espaço, mas remata por cima da baliza.
Num pontapé de canto, ainda Paulo Monteiro cabeceia, e deu- nos a sensação do central tarouquense cortar a bola com a mão dentro da grande área, mas aceita- se a decisão da equipa de arbitragem. O Tarouquense, nos últimos quinze minutos, ainda tentam pressionar o Nespereira para a sua área, mas o Nespereira atacava muito perigosamente a baliza tarouquense. E é num dos ataques venenosos do Nespereira que Carlitos recebe a bola, e "cavalgando", e marcando o 4-2. Era o canto do cisne para o Tarouquense. O Tarouquense já não mostrava discernimento, nem tinha tempo suficiente para voltar a ficar em vantagem. Minutos depois, o árbitro António Cardoso apita para o final.
Arbitragem muito contestada pelos adeptos e dirigentes tarouquenses, mas que a nível, tanto disciplinar, como a nível técnico esteve bem, sabendo nós das diferentes interpretações e subjectividades das decisões da arbitragem.
Sublinha- se ainda, a "facilidade" com que o Nespereira deu a volta ao resultado, em tão pouco tempo, para uma equipa que considerava "fácil" bater o Nespereira. "Bastava jogar!" E vimos o Nespereira jogar na segunda parte!
A FIGURA- Carlitos
Não há adjectivos para tal actuação. O seu hat- trick foi decisivo e muito importante. Desde o meio da primeira parte, demonstrou ser o elemento que mais se inconformava com o resultado negativo. E, de maneira espectacular, conseguiu carimbar a vitória, merecendo os aplausos que teve, no momento da substituição.