domingo, 9 de março de 2008

COMO O DIFICIL FICOU TÃO FÁCIL?!!!

NESPEREIRA 4-2 TAROUQUENSE
Num belo domingo, Nespereira e Tarouca mobilizaram- se para assistir a mais um jogo para o Campeonato Distrital da AF Viseu.
Mouta Pinto fez apenas uma alteração relativamente ao jogo do Nespereira com o Ferreira de Aves: a introdução de Marcelo no "onze" e a manutenção de Jorginho no "banco".
O Nespereira começou muito mal o jogo, sendo mesmo empurrado para o seu terço defensivo, e logo aos 2', uma boa jogada do ataque tarouquense, Vilarinho salva em cima da linha, o Nespereira do primeiro golo. Primeiro golo esse, que foi inevitável, após uma extrema sufocação, e num canto do lado direito do ataque de Tarouca, em jogada estudada, o Tarouquense marca o 0-1, com muitas culpas para as falhas de marcação e a falta de pressão contínua que o Nespereira não exercia. O Nespereira parecia perdido, sem qualquer ligação entre a defesa e o ataque, e o Tarouquense não jogava bonito, mas era mais eficaz. O Tarouquense, jogava através de rápidos contra- ataques, mas não demonstrava grande futebol.
O meio campo tarouquense ganhava tudo e não deixava o Nespereira jogar. Num lance tipico da equipa da serra, uma bola é aliviada na defesa, a bola sobra para Nuno Cardoso que tenta atrasar de cabeça para Zé Manuel. O guarda- redes, mais adiantado, tenta evitar o canto, cedendo um lançamento lateral. Nesse mesmo lançamento, o ataque tarouquense consegue aumentar a sua vantagem, através de Simão. Era o 0-2.
O Nespereira tenta responder, mas apenas conseguiu através de um lance individual de Sérgio Silva, que remata por cima. A partir daqui, surgiu Carlitos, que num primeiro lance, em que é desmarcado, não consegue desfeitear o guarda - redes de Tarouca. Depois, num lance de Pepe, este desmarca Carlitos, que quase sem ângulo, remata por cima da trave.
Após uma primeira parte de uma pobreza franciscana por parte do Nespereira, a equipa da casa via as coisas muito dificeis para si.
Na segunda parte, Mouta Pinto substitui Sérgio Duarte por Jorginho. E o Nespereira parecia muito mais esclarecido e jogava mais em toda a largura do campo. E Sérgio Silva dá mais um aviso, rematando por cima da barra. Mas, aos 52', num lance de muita força, Marcelo, ganha a bola ao central tarouquense, e de meia volta, na entrada da grande área, este reduz o marcador. Era o 1-2. A equipa do Nespereira moralizou- se, e sem dar hipótese, começamos a assistir a um grande show chamado Carlitos. Carlitos, numa série de ressaltos, dentro da grande área, remata e marca o 2-2. O Tarouquense, demonstrou muita dificuldade em defender- principalmente nas alas. E de repente, de fora da área, de pé esquerdo, Carlitos marca o 3-2, marcando o golo da tarde. Exultava o público nespereirense, após a reviravolta no marcador.
Mas, o Nespereira não baixou os braços, e continuou a atacar, e por duas ocasiões, Jorginho consegue ganhar espaço, mas remata por cima da baliza.
Num pontapé de canto, ainda Paulo Monteiro cabeceia, e deu- nos a sensação do central tarouquense cortar a bola com a mão dentro da grande área, mas aceita- se a decisão da equipa de arbitragem. O Tarouquense, nos últimos quinze minutos, ainda tentam pressionar o Nespereira para a sua área, mas o Nespereira atacava muito perigosamente a baliza tarouquense. E é num dos ataques venenosos do Nespereira que Carlitos recebe a bola, e "cavalgando", e marcando o 4-2. Era o canto do cisne para o Tarouquense. O Tarouquense já não mostrava discernimento, nem tinha tempo suficiente para voltar a ficar em vantagem. Minutos depois, o árbitro António Cardoso apita para o final.
Arbitragem muito contestada pelos adeptos e dirigentes tarouquenses, mas que a nível, tanto disciplinar, como a nível técnico esteve bem, sabendo nós das diferentes interpretações e subjectividades das decisões da arbitragem.
Sublinha- se ainda, a "facilidade" com que o Nespereira deu a volta ao resultado, em tão pouco tempo, para uma equipa que considerava "fácil" bater o Nespereira. "Bastava jogar!" E vimos o Nespereira jogar na segunda parte!
A FIGURA- Carlitos
Não há adjectivos para tal actuação. O seu hat- trick foi decisivo e muito importante. Desde o meio da primeira parte, demonstrou ser o elemento que mais se inconformava com o resultado negativo. E, de maneira espectacular, conseguiu carimbar a vitória, merecendo os aplausos que teve, no momento da substituição.





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