terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Nandito Nunes


“O senhor Isidro, foi como um pai para mim!”

BA– Nando, há quanto tempo já não jogas futebol?
NN– Há já dez anos… talvez nove.
BA– Sentes saudades de jogar futebol no Nespereira?
NN– Sinto… muitas!
BA– E pensas voltar a jogar no Nespereira?
NN– Não! Estou a trabalhar lá na Suiça, e agora não posso.
BA– Quais são as melhores recordações que guardas do Nespereira?
NN– Muitas. Principalmente, na fase final dos juvenis. Tenho por exemplo, a recordação de que, quando comecei a jogar, fui jogar futebol para o Cinfães, nos juvenis. E recorda– me, que depois, até, o Prof. Salazar se zangou um bocadinho com o senhor Isidro Semblano.
Porque eu tinha prometido– não tinha prometido, tinha dito que ia jogar para o Cinfães, mas depois vi o projecto que o senhor Isidro tinha, gostei e optei por ficar aqui. Mas tinha dito ao prof. Salazar que ia jogar para o Cinfães. Depois houve um conflito entre os dois, por minha causa. Acabando eu, por ficar por aqui. E não me arrependo, pois o senhor Isidro, era como um pai para mim.
BA– O que te levou a ficar no Nespereira?
NN– A amizade, e os amigos. E o amor à camisola. Eu sabia que eu dava um jeito na bola, mas...
BA– Nunca pensaste atingir nada mais alto?
NN– Pensei, pensei! Fui treinar ao FC Porto, mais o Ruizito, o Nicho, o Renato e… se não me engano, o Bateira. Eu sei que não fiquei lá, porque ia passar a júnior e porque era pequenito. Pergunte ao Cláudio Oliveira que ele sabe.
BA– Qual foi o jogo que mais te marcou?
NN– Foi a minha estreia nos juvenis, contra o Carvalhais, em que marquei quatro golos.
BA– E memórias dos séniores?
NN– Joguei nos séniores… e ganhei muito dinheiro também. Ficaram– me a dever cinquenta contos, que eu perdooei ao Nespereira. Eu dei– os ao Nespereira! Palavra de honra! Isto foi quando o Nespereira subiu à 1ª Divisão, e joguei lá um ano e meio, dois anos. Na altura o presidente era o Hernâni.
Quanto ao jogo, o jogo que mais me marcou foi em Mangualde. Na relva. Perdemos lá por 1-0, mas eles tinham equipa para subir e acabaram por subir à Nacional.
BA– Qual o melhor jogador com quem já jogou?
NN– Paulo Moura. Jogador fantástico! E o Da Rosa.
BA– Diga uma situação engraçada que tenha passado?
NN– Foram os 9-1 ou 10-1 em Souselo. Foi a estreia do Pedro na baliza dos seniores. Eu entrei na segunda parte, e eu não me lembro, se eu dei o golo, e depois houve um penalty sobre mim. Estava um tempo chuvoso, o campo todo enlameado.
BA– Guardas amigos do futebol?
NN– Sim…
BA– Quem foram as pessoas que mais te marcaram?
NN– Como eu já disse, o senhor Isidro!
E também, o Mário do Nicho, que era um jogador, de se ter cuidado com ele. O Ruizito, também! O Nicho prometia muito! Tenho pena de ele ter acabado.
BA– Quais as tuas perspectivas para o Nespereira?
NN– Não sei. Como estou longe, não estou a par disso.

ONDE ESTAVA O NESPEREIRA DA PESQUEIRA?

Sernancelhe 3-1 Nespereira F.C.

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo Municipal da Pedreira Tempo: Muito frio
Arbitrado por: Álvaro Figueiredo
SERNANCELHE– Valter; Pedro Santos, Salgado, Cardoso, Valverde; Pereirinha, Simões, Mileu, André Seródio; Mário, Telmo
Treinador: José Carlos Fausto
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte( André, aos 64’), Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Carlitos, Hélder, Paulo Monteiro, Sérgio Silva; Pepe, Jorginho( Marcelo, aos 76’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 1-1.

Tudo apontava para um jogo que favorecia as características do Nespereira. Campo muito grande, bom terreno, o que permitia o pouso da bola no chão, e ganhar muito mais espaços.
O Sernancelhe tentou dominar o jogo de ínicio, mas o Nespereira se opunha. Mas muito cedo, o Sernancelhe marcou o 1-0, numa excelente desmarcação do jogador da casa. O Nespereira a partir daí, tomou conta do jogo, e pouco a pouco foi desperdiçando as oportunidades. Até que num livre, surge Sérgio Silva, no primeiro poste que bate o guarda redes. O Nespereira dominava, mas falhava na finalização.
Na segunda parte, o Nespereira voltou a dominar, mas houve uma terceira equipa que resolveu se intrometer no jogo. E num lance, em que Márcio é batido, André Serôdio, vai a linha cruza e dá ao seu companheiro a possibilidade de marcar o 2-1. Mouta mexe na equipa, e tira o central Sérgio Duarte, para meter André no ataque. Mas não surtiu muito efeito.
E, num lance muito duvidoso, o Sernancelhe marca o 3-1. O Nespereira não baixou os braços, mas sentiu– se na equipa, alguma desmoralização com este terceiro golo.
No final: resultado demasiado pesado, para uma equipa que não perdia há 9 jogos! Faltou imenso poder de finalização. Onde está a pontaria?

A FIGURA
HUGO MACIEL

Vou ser sincero. Ñunca tive tantas dúvidas, em quem pôr como Figura. Pessoalmente, não gostei da maneira que se jogou. Mas acho, que se salvou, o Hugo Maciel. Apesar, de ter sofrido três golos, conseguiu evitar que o Nespereira saísse de Sernancelhe com uma goleada.

O ÁRBITRO
Habilidoso. Muito habilidoso! Acompanhado por um assistente, que não tinha certezas do que marcava. Ora, levantava a bandeirola, e depois baixava. Ora, marcava lançamento para um lado, e a seguir marcava para o outro. Assim não dá! Futebol é para se jogar equipa contra equipa! Não para jogar uma equipa contra duas!

EDITORIAL

HÁ DIAS…

E é verdade! Há dias horríveis! Não fosse o passado domingo, um deles! Mas devem questionar os leitores: “ porquê?” E eu irei descrever o porquê.
Não bastasse eu acordar cedo para ir fazer o acompanhamento da equipa do Nespereira à Sernancelhe, ainda acordei com um mau humor terrível, com vontade de descarregar em cima de tudo. Eram 10 horas da manhã, quando nos encontramos no cruzamento Poças– Borralhal, onde cada um se aprontava para seguir viagem para Sernancelhe.
Logo após apanharmos o senhor Presidente– do Clube!- no seu posto de trabalho, seguimos para Cinfães, onde apanharíamos o treinador e mais alguns jogadores. O azar começou, na Cruz do Fojo, onde Márcio seguia no seu carro, a fim de o deixar em Cinfães, e o seu automóvel avariou. Pura e simplesmente, na subida da Cruz do Fojo! Assim, apanhou a boleia mais cedo, deixando o carro estacionado, naquela estrada muito movimentada que liga Nespereira a Cinfães. Chegando a Cinfães, não nos demoramos muito! E fizemos aquela bela viagem de travessia pelo alto do Montemuro, onde ainda se viam alguns vestígios de neve, dos dias anteriores.
Após uma viagem algo cansativa, chegamos a Vila Nova de Paiva, onde almoçamos. No restaurante chamado “O Trapalhão”. A ementa foi sopa, lombo assado com batata frita, arroz e salada, e também a sobremesa. Depois do almoço, tornamos ao caminho, onde ainda se resolveu parar em Vila da Ponte, para nos descontrairmos um pouco, e vermos um pouco da bonita paisagem sernancelhense. Voltamos a entrar para as carrinhas, e tornamos a estrada. E finalmente chegamos ao Complexo Desportivo de Sernancelhe. Eu esperava ansiosamente pela claque feminina ( e não só !) que teria programado ir ver o jogo.
Ainda fiz algumas filmagens, e passei para o computador, mas… o pior ainda estava para vir! A máquina fotográfica “deu o berro”! Não conseguia passar nem fotos, nem filmagens, para o PC. Se eu estava de mau humor, agora então!!! E ainda, uma discussão entre um adepto nosso, e um director– que deixem– me referir, tem tanto de teimoso, quanto de antipático!- do Sernancelhe, acerca da Classificação, sobrou para mim. O nosso adepto pergunta– me se nós estávamos a frente do Sernancelhe, e eu respondi que sim, pois ERA um facto, e o outro senhor insistia que o Sernancelhe estava a nossa frente 3 pontos. Ameaçou até, que mostraria a classificação. Mas o meu mau humor, ainda deu para ter um pouco de bom senso, e ainda disse para o nosso adepto: “ Deixe– o teimar, se ele diz que está, deixe-o teimar!”. O homem subiu os arames, e queria que descesse, de propósito, da bancada para o peão, para me mostrar a classificação. Recusei o convite! mas minutos depois, derivado à grande ventania que se fazia sentir na bancada, desci. Cruzei– me com o dito senhor, ao intervalo, no túnel e perguntei– lhe: “Quer me mostrar a classificação agora?” Ele, não me respondeu, nem uma, nem duas.
Mas, este episódio passou. Na segunda parte, quando o Nespereira sofreu dois golos, fez– se sentir a grande claque que acompanhou a equipa. E no final, referencio, que como é capaz de apenas três pessoas de Nespereira, conseguirem fazer mais barulho do que aqueles adeptos todos do Sernancelhe, a contestarem o árbitro?
Só achei desnecessário foi um comentário, do treinador para o público, a dizer: “os ursos vem de fora!”, a que eu prontamente respondi, que ninguém o tinha ofendido, nem desrespeitado. Nem a ele, nem à sua equipa, nem aos adeptos de Sernancelhe.
Tenho que realçar aqui, a ventura da nossa claque, que deslocou– se numa Peugeot, já de certa idade, e conseguiram chegar a Sernancelhe, a fim de apoiar a nossa equipa. As “Marias Negras” eram constituídas por: Marta Dias, Xana Felício, Ana Maria Gonçalves, Teresa Duarte, Joana Resende, Isabel Cardoso, André Teixeira e Nuno Teixeira. A vocês, que se aventuraram de Nespereira a Sernancelhe, assim como todos os adeptos habituais, que nos acompanham, o muito obrigado pela aderência ao nosso apelo. E esperamos conseguir multiplicar, esta onda de adeptos que nos seguem e torcem fervorosamente pela equipa da nossa terra.


Ercílio Galhardo Neto

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Manuel Ferrador


“O Nespereira, este ano, pode apanhar o terceiro lugar.”
BA– Senhor Manuel, como foi que o senhor se introduziu no futebol?
MF– Eu introduzi– me no futebol, porque eu tinha muito vício. Desde pequeno que eu gostava de jogar à bola, até que cheguei à um certo ponto que fui jogador do Nespereira.
BA– Como o senhor começou a jogar no Nespereira?
MF– Comecei a jogar no Nespereira em 1951, inaugurei o Campo da Portelinha, lá em cima, em 1952, com jogadores que, eram bons como o Correia, Vítor Mendes, o Olegário, o Abel, Zé Maria Ribeiro e o Zé Maria de Vila Viçosa.
Mas a inauguração calhou– nos mal, porque estávamos no final da primeira parte, a ganhar por 1-0, com um golo do Abel, mas na segunda parte acabamos por sofrer cinco golos. O nosso guarda redes, o Tino, fez uma primeira parte de luxo, mas na segunda parte, acabou por sofrer cinco golos.
BA– E contra quem, foi a inauguração?
MF– Foi contra o Alvarenga. O Alvarenga tinha uma equipa muito forte. E se não fosse o Correia na defesa, tínhamos levado mais. Foi o melhor jogador em campo.
BA– Qual era a sua posição?
MF– Eu era defesa direito. Mas nesse jogo, joguei a extremo direito. O Nelito entrou para defesa direito e eu fui para extremo.
BA– Como é que tem acompanhado o Nespereira?
MF– Enquanto estive aqui, joguei. Inauguramos o campo, e depois fizemos mais alguns jogos, onde joguei sempre a titular. Jogamos com o Alvarenga, várias vezes, com os Unidos do Benfica, no Porto, onde demos 10– 0. Ou 10– 1! Agora não me recordo.
Ganhamos também aos do Couto, onde fomos empatar em Souselo 1-1, onde fui eu quem marcou o golo. E fizemos mais jogos bons aí.
E fiquei sempre a acompanhar, até emigrar para o Brasil, em 1957. Onde na minha despedida, jogamos com o Alvarenga, no Campo da Portelinha. Nunca tínhamos ganho ao Alvarenga, formamos uma equipa à pressa, onde não jogou nem o Correia, nem o doutor Vítor, nem o Albertino da Padaria, e vários dos bons não jogaram. Depois o Alvarenga trouxe a melhor equipa que tinha: Capela, Inocêncio e o Saul. E conseguimos ganhar por 1-0. Foi a primeira vitória do Nespereira, sobre o Alvarenga.
BA- E quando foi isso?
MF– Foi em 1957. A alegria foi tanta, que nós, quando acabou, demos a volta do estádio, pois não esperávamos aquela vitória. Passados 15 dias, eu embarcava para o Brasil.
BA– Este foi o jogo que o marcou mais?
Sim. Este foi o jogo que mais me marcou. Quem marcou o golo, foi o Arturito, um rapaz que jogava aqui, filho do senhor Pinto. Ele está no Brasil. Foi a maior alegria que eu tive.
Quando acabou o jogo, eu disse: “Adeus, que eu não jogo mais. Eu só quis, foi ganhar ao Alvarenga hoje”.
BA– Depois de emigrar, não se ligou mais ao futebol?
MF– Não. O Olegário, às vezes no Brasil, veio ter comigo, pois ele vinha embora, para me perguntar se eu dava alguma coisa para o Nespereira. E eu prontamente disse: “dou!”. Ele queria comprar um equipamento novo, e eu dei uma ajuda.
Quando vim embora eu já tinha mais idade, tinha 38 anos.
BA– Tem acompanhado os jogos esta época?
MF– Sim. Sou sócio. Já fui muitas vezes ver jogos para o lado de Viseu e Lamego. Mas no meu tempo, era diferente de agora.
Naquele tempo, todos tínhamos que trabalhar…
BA– Actualmente, também!
MF– Sim, mas naquele tempo, tínhamos de comprar as chuteiras. O equipamento, é que tínhamos que dar o equipamento. Agora, as chuteiras tínhamos que as comprar, porque tínhamos o vício de jogar.
BA– Então sempre gostou de jogar?
MF– Sempre, ainda me lembro de fazer um jogo com 39 anos ali no Olival, com os antigos. Mas eu já estava meio cansado (risos)…
BA– Quais são os jogadores que acha, que marcou mais o Nespereira?
MF– Para mim, o melhor jogador que Nespereira já teve foi o Correia. Era o número 1. Depois tinha o Olegário, que era um grande jogador; o irmão dele, o Abel, também era bom. O Carlos de Paradela, também era bom… e eu também lhe dava um jeito (risos).
O treinador também era bom, era o senhor Olímpio, que já faleceu. Fizemos bons resultados com ele. Também tivemos o senhor Zé Maria Fonseca, de Vila Viçosa, que também era um bom guarda redes. Naquele tempo, ainda chegou a jogar por nós um júnior do FC Porto, o Couto, que tinha aqui família, e jogava algumas vezes por nós. Esse Couto também era um grande jogador!
BA- Tem alguma situação caricata que se tenha passado no fubol consigo?
MF– Tem! Foi num dos jogos com o Alvarenga, em que começamos a jogar, o guarda redes daqui do Nespereira, o antigo, nada lhe correu bem. O Alvarenga tinha uma equipa naquela altura que se batia à vontade, com qualquer equipa da II Divisão Nacional, e nós perdemos 9– 2. E eu nesse jogo, joguei na frente. Arrebentou– me a chuteira, e fiquei a jogar só com uma. Depois foi com esse pé, sem chuteira que marquei o nosso primeiro golo. O meu primeiro golo pelo Nespereira! Depois o Carlos Duarte, fez o segundo golo, de cabeça. Mas foi um jogo que nos correu muito mal.
Depois fomos fazer um jogo em Alvarenga, que, ao intervalo estávamos a ganhar por 2-0. E eu a segurar o melhor jogador que eles tinham: o Capela. Ele mudava de sítio, eu mudava também! Por mim, ele não conseguia passar. Mas ele marcava golos como queria, pois foi júnior do FC Porto. Eu consegui “seca– lo” que ele naquele jogo não fez nada.
Mas na segunda parte, ele num pontapé de canto directo, conseguiu enfiar a bola dentro da nossa baliza. Eu ainda saltei, mas não consegui tirar a bola de dentro da baliza. Depois ele fugiu de mim, foi mais para trás, e com um pontapé forte, de longe, e com o nosso guarda redes Tino, a não conseguir apanha-la, deixou entrar um “frangaço”. E assim acabamos por empatar 2-2, com aquela famosa equipa do Alvarenga. Nesse jogo, todos jogamos bem.
BA– O que acha da actual equipa do Nespereira?
MF– Eu só vi os primeiros jogos, o Sernancelhe e o Armamar. Contra o Armamar, gostei de vê– los, contra o Sernancelhe, ainda não estavam bem ligados. Mas nos últimos jogos tem melhorado. E eu disse para muitos aí, que o treinador antigo deveria ter saído mais cedo, e ter posto este que está a treinar desde o inicio Porque ele é bom treinador, e dá muita sorte à equipa.
Tem lá bons jogadores também!
BA– Quais os jogadores que mais gosta de ver?
MF– O Nuno é um bom defesa, mas o Vilarinho também o é. Estes dois, eu gosto de vê– los jogar! E o Paulo Monteiro, é muito bom jogador. O Fábio, também é bom jogador, e pode vir a ser um bom defesa direito! O guarda redes, que foram buscar ao Fornelos, é do melhor que há. O grande problema da equipa, ainda é o defesa direito, mas os centrais, são muito bons. E na frente, tem lá muito bons jogadores. Aquele da Feira Franca…
BA– O Pepe?
MF– Sim, o Pepe, também é bom, e está a melhorar cada vez mais.
E além do mais o treinador, deu outra alegria à equipa.
BA– Quais são as suas perspectivas para o Nespereira este ano?
MF– O Nespereira, este ano, pode apanhar o terceiro lugar. O S.J. Pesqueira é muito forte, mas acredito que o Nespereira não vá lá perder [N.R.– Nespereira empatou em Pesqueira].
E o Parada, também é uma boa equipa!
Para a semana: Nandito Nunes

TEM PROBLEMAS? PEPE RESOLVE!


Nespereira F.C. 1-1 C.R. Ferreira Aves


Realizado no P.J. Isidro N.A.Semblano– Nespereira Tempo: Nublado
Arbitrado por: Paulo Marques
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Sérgio Duarte, Vilarinho, Nuno Cardoso, Márcio; Sérgio Silva, Pepe( André, aos 82’), Paulo Monteiro, Hélder, Jorginho, Vítor Hugo( Bateira, aos 59’).
Treinador: Mouta Pinto
FERREIRA AVES– Alex; Magno, Monteiro, Nuno Moreira, Toni Dourado; Vítor Dourado, Marco Paulo, Rui Pinto; Célio, Joel Lopes, Lídio.
Treinador: José Lage.
Ao int: 0-0.

Num jogo algo decisivo para o Nespereira, este apresentou– se muito táctico, e com necessidade da vitória. O Nespereira entrou melhor, com Pepe, numa excelente desmarcação a ficar isolado, e a rematar ao lado da baliza de Alex. Mas a partir daí, o Ferreira Aves não permitia muitos mais espaços, e dificultou a tarefa ofensiva do Nespereira na primeira parte. Primeira parte, que ficou marcada, pelo “ensaio” de Márcio que de longe, rematou ao lado da baliza do F. Aves; e também, por uma desmarcação de Jorginho, que rematou à barra da baliza. Realce também para a queda do massagista do F. Aves, que após assistir um jogador da sua equipa, correu em direcção ao banco, tendo tropeçado na rede da baliza.
Na segunda parte, o jogo voltou, como a primeira parte: morno e sem açúcar. Márcio, em mais um remate, de segunda vaga, acerta na barra da baliza de Alex. E quando, todos apreciavam Márcio, eis a nódoa: num lance, no seu lado, não consegue controlar uma bola, deixando– se antecipar pelo adversário, que consegue atingir a linha de fundo, e faz um passe rasteiro para o seu colega, que marca o 0-1. A partir daí, o Nespereira acordou. Foi para o ataque, e Jorginho, numa jogada dentro da grande área, consegue ganhar uma bola, acerta nas redes da baliza, mas pelo lado lateral. Até que, surge o “pezinhos de lã” do Nespereira: Pepe. Na entrada da área, consegue ganhar o ressalto a dois adversários, e finalmente remata para o fundo da baliza do F. Aves. Mouta Pinto, ainda inseriu André para o ataque, mas por duas vezes, a bola “cheirou– lhe” mas não conseguiu finalizar. Sérgio, num cruzamento traiçoeiro, ainda mandou a bola ao poste, deixando o guarda redes adversário especado. E por último, a melhor oportunidade do jogo, Jorginho desmarcou– se e, ao rematar, tenta fazer um chapéu a Alex,não conseguindo o 2-1. Resultado final: um empate, com um ligeiro travo amargo.

A FIGURA
SÉRGIO DUARTE

Semana passada, surpreendeu– nos com a sua boa exibição. Esta semana, confirmou ser mais uma opção para o centro da defesa. Seguro e imbatível no jogo de cabeça, falta– lhe apenas um pouco de rotina com Nuno Cardoso, principalmente em lances de fora de jogo.
O ÁRBITRO
Muito exigente, conseguiu impor respeito dentro do campo, mas demonstrava– se demasiado “cirúrgico” nas faltas marcadas no meio campo. Também é verdade, que ambas as equipas ajudaram para que tivesse uma arbitragem tranquila.
A FIGURA
DIOGO
É incrível a força que brota deste jovem, escondido até esta época. É um autentico “todo– terreno”, incansavel. Começou a jogar no meio campo, mas depois da entrada de Marcelo, fugiu para a posição de trinco, e algumas vezes fez o papel de central. Foi muito importante para não deixar o resultado dilatar– se. Realce também para a boa exibição de Marcelo.
O ÁRBITRO
Um árbitro normal! Nada a registar.

O NESPEREIRA “VIU” JOGAR FUTEBOL!


Sp. Lamego 8-0 Nespereira F.C.

FICHA DO JOGO
Realizado no Campo de Treinos de N.ª Sr.ª Remédios Tempo: Nublado
Arbitrado por: António Cardoso
SP. LAMEGO– Rossas; Leonel, Tiago, Ramos, Feliz; Costa, China, Venâncio, Nelson; Figueiredo, Claro.
Treinador: Ivo Pinto
NESPEREIRA F.C..– Tiago Soares; João Ramalho, Itália( Fonseca, aos 83’), Daniel, Tiago Duarte; Carlos Miguel, Diogo, Dudu( Marcelo, aos 28’); André, Jorge Castro, Miguel( Zé, ao int.)Treinador: Nuno Cardoso e Sérgio Silva
Ao int: 4-0

Um jogo que a partida seria difícil– para nós-, acabou sendo até fácil. A comitiva alvinegra do Nespereira, chegou muito cedo à Lamego, e ainda teve tempo para dar um passeio nas escadarias de N.ª Sr.ª dos Remédios e tirar algumas fotos– uma delas (a foto da equipa), foi tirada por um francês que contava os degraus da escadaria e prontificou– se a fazer esse favor.
Relativo ao jogo, não há muito para se contar a não ser os golos– obviamente lamacenses. O Sp. Lamego apertou muito cedo a nossa defesa, e Tiago Soares, nos primeiros minutos, ainda teve duas boas intervenções, que não deixou a equipa da casa festejar o golo tão cedo. Mas não passou de uma questão de tempo. Logo após o primeiro golo do Lamego, o Nespereira… sofreu logo o segundo. E, com uma equipa extremamente obediente tacticamente, e muito experiente, o Lamego saiu para o intervalo a vencer por 4-0. Ao intervalo, Miguel, que esteve apagado, foi substituído por Zé. Mas de nada adiantou. Valia– nos a força de Marcelo, que nos empurrava alguma coisa para a frente. Mas os últimos 20 minutos foram fatais para nós. A perder por 5-0, os nossos jogadores já demonstravam sinais de exaustão e, já não conseguiam defender claramente, acabando por sofrer os últimos três golos. Final do jogo: um claro 8-0, de que não podemos, sequer reclamar, contra uma equipa de grandes futuros do futebol distrital.
O Sp. Lamego demonstrou como se pode jogar futebol, sem se ser obrigado a fazer entradas feias e com muito fair play.

A FIGURA
SÉRGIO SILVA


Não… não é como um esteio! É o Esteio da equipa! Começou com uma função no meio campo, mas o desenrolar do jogo, obrigou-o a ajudar mais na defesa, fazendo de tudo um pouco… onde estava a bola lá estava ele! De cabeça, não houve jogador que o batesse.

O ÁRBITRO
Nunca pensei escrever algo assim da arbitragem!!! O árbitro fez o que devia fazer: arbitrou… e bem! Foi completamente isento, muito bem auxiliado. Não demonstrou medo do público. Embora aqueles 7 minutos de desconto!!!! Hummmm! … E a rápida saída dos balneários, sem ter tomado banho, e sem pôr as substituições nas fichas de jogo, parece estranho!

POUCOS E BONS FORAM SUFICIENTES PARA MANTER A INVENCIBILIDADE!

G.D.S.J.Pesqueira 1-1 Nespereira F.C.



FICHA DO JOGO
Realizado no Campo Municipal de São João da Pesqueira Tempo: Nublado e frio
Arbitrado por: Adelino Duarte
S.J.PESQUEIRA– Carlos Oliveira; Fábio, Félix, Bruno, Miguel Angêlo; Jóia, Monteiro, Hélder Vaz, Balça; Vasco, Figueiredo
Treinador: José Carlos Coelho
NESPEREIRA F.C.– Hugo Maciel; Jorge Ramalho, Sérgio Duarte, Nuno Cardoso, Márcio; Vítor Hugo, Hélder, Paulo Monteiro, Sérgio Silva; Pepe( Diogo, aos 75’) , Jorginho( Marcelo, aos 86’).
Treinador: Mouta Pinto
Ao int: 0-1.

Quando o Nespereira chegou ao Campo Municipal, após o almoço, pensou que não haveria jogo, derivado ao denso nevoeiro que existia na altura. Mas, bastaram cerca de vinte minutos para o nevoeiro se dissipar, e haver condições para haver jogo.
Com imensas contrariedades no plantel: desde castigados ( André, Vilarinho, Carlitos e João Paulo); lesionados ( Ricardo Pereira, Rui Teles e Paulo Sérgio), até ausentes por motivos pessoais ( Bateira e Fábio). Mouta Pinto viu– se obrigado a convocar quatro júniores para este jogo: Itália, Marcelo, Jorge Castro e Diogo.
A equipa da casa dominou o jogo desde ínicio, com as constantes tentativas de desmarcação de Jóia, mas que Jorge Ramalho aniquilou bem. Sérgio Duarte também se realçou ao demonstrar ser um central muito certinho, sem tendência para inventar em zonas perigosas. E ao minuto 28, o Nespereira marca o 0-1. Pepe, quase sem ângulo , remata, Carlos Oliveira não consegue evitar, e no segundo poste surge Jorginho que mete a bola dentro da baliza. Era a euforia no banco do Nespereira, e a ira dos adeptos pesqueirenses contra a sua equipa. O Nespereira conseguiu chegar ao intervalo a vencer. Na segunda parte, o Pesqueira, apertou no acelerador , mas não conseguia passar por uma defesa de betão, que ao mínimo remate, este só encontrava pernas, ou Hugo Maciel– com duas excelentes intervenções! Jorginho ainda teve, isolado, a hipótese de matar o jogo, mas exagerou nas fintas, acabando por ser desarmado já na pequena área. O S.J. Pesqueira atingiu o golo, ao minuto 83, numa desmarcação, que apanhou toda a defesa desprevenida. Resultado justo: 1-1. Realce também para a estreia dos jovens Diogo e Marcelo, em competições oficiais dos séniores. Será para continuar?

O RECUPERADOR DAS BOLAS!

Nunca nos damos conta, mas durante o jogo, sempre se perdem duas ou três bolas, que vão parar à um silvado ou em campos que circundam o nosso recinto. Para isso, pedimos a ajuda daqueles mirones mais jovens. Mas há um, que sempre todos os fins de semana, vem trazer as bolas que estavam fora do alcance dos nossos “apanha– bolas”, Esse senhor chama– se António Brito.

JÚNIORES ESTREIAM NOVO EQUIPAMENTO!

No passado sábado, dia 13 de Janeiro, a equipa de Júniores do Nespereira F.C, estreou o equipamento novo da Desportreino, com camisolas pretas e golas brancas, calções brancos e meias pretas.
Este equipamento foi oferecido pelo jogador Armindo André Ferreira. E pelos vistos, o equipamento até deu sorte… começar logo a vencer!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

SURPRESA AGRADÁVEL!

Campeonato Distrital de Júniores

Nespereira F.C. 2-1 C.D.R. Moimenta Beira

FICHA DO JOGO
Realizado no P.J.Isidro N.A. Semblano- Nespereira Tempo: Sol
Arbitrado por: Rosa Almeida
NESPEREIRA F.C.– Tiago Soares; João Ramalho, Daniel, Itália, Tiago Duarte; Carlos Miguel, Dudu ( Marcelo, ao int.), Diogo; André( Zé, aos 66’), Jorge Castro( Baltarejo, aos 88’), Miguel.
Treinador: Sérgio Silva
MOIMENTA BEIRA– Ribeirinho; Marco, Ricardo Cruz, Abreu, Sérgio Santos; Bráulio, Loureiro, Ruben, David, Salvador, Daniel Matos.
Treinador: Carlos Rodrigo
Ao int: 2-0

Num jogo, que para muitos dos adeptos e outras pessoas, estaria perdido, o Nespereira ainda acabou por fazer uma bela parte! Contra a equipa que na primeira volta tinha obrigado o Nespereira a voltar de Moimenta da Beira com 9 golos sofridos, o Nespereira também começou o jogo, querendo mandar nele. Defendia muito bem, e atacava também de forma ordenada e correcta. O primeiro golo surgiu com naturalidade, de um belo remate de Miguel. A partir daí, o Moimenta subiu deixando mais espaços, e Daniel num remate de, quase do meio campo, obriga o guarda redes a ceder um pontapé de canto. E nesse mesmo pontapé de canto, vai surgir o 2-0. Muita confusão, a bola acaba por não entrar, até que em um novo cruzamento, é o próprio jogador do Moimenta que a desvia para dentro da baliza. Era a euforia geral, nos jogadores, no banco e nos adeptos! Ao intervalo, o Nespereira vencia por 2-0.
Na segunda parte, o rendimento do Nespereira caiu imenso, e deixou por muitas vezes, o Moimenta apossar– se da nossa área. Num livre, descaído para a direita da nossa defesa, Tiago não consegue interceptar o cruzamento, e no segundo poste surge um jogador do Moimenta fazendo a emenda. Mas não conseguiu vencer!
Até o final do encontro, o Nespereira geriu a sua vantagem, e merecidamente, ganhou os três pontos!


A FIGURA
TIAGO SOARES

Foi o “culpado” do Nespereira sair do Olival vitorioso. Na primeira parte, após um remate ao poste do jogador do Moimenta, teve reflexos para evitar o golo que poderia dar o 1-1. E na segunda parte– simplesmente!!!- defendeu o penâlti, que Daniel infantilmente cometeu. Adivinhou o lado do remate, e rapidamente fez a “mancha” que obrigou o avançado adversário a rematar para fora.

O ÁRBITRO
Neste caso a árbitra. Foi uma das figuras centrais do jogo, derivado à sua beldade feminina, entre 22 jovens, do sexo masculino. Conseguiu controlar bem o jogo, embora tenha algumas falhas a nível técnico, como: deixar passar muitas mãos na bola, e muitos pés em riste. De resto, saiu– se bem.